Não há tempo para comemorações ou lamentações. Após o jogo realizado na última quarta-feira (29), Vitória e River voltam a medir forças poucos dias após o primeiro duelo. Desta vez, os baianos jogam em casa, no Estádio Barradão, às 16 horas deste sábado (1º), pelo segundo confronto válido pelas quartas de final da Copa do Nordeste.

O primeiro jogo terminou com triunfo baiano por 3 a 2. Com o resultado dos primeiros 90 minutos, o Vitória pode até perder por um gol de diferença até 2 a 1 que segue em busca do hexacampeonato regional. Aos piauienses, não há outra forma de permanecer no Nordestão se for por vitória por dois ou mais gols de vantagem. Triunfo por um gol de vantagem acima de 4 a 3 também classifica o Galo Carijó.

Com retorno de Kanu à zaga, Argel define Vitória

Apenas um treinamento foi realizado na Toca do Leão. Por causa da viagem desgastante de ida e volta a Teresina, os jogadores ganharam um dia de folga e realizaram uma atividade de portões fechados. O técnico Argel Fucks promoveu um coletivo tático em metade do campo, além de trabalhar bolas paradas e finalizações. Apesar de ter a boa vantagem, contar com números excelentes e ter o apoio da torcida, o time prega cautela e foco para manter a atenção contra o River.

A base do time será mantida. A única novidade é o zagueiro Kanu. Suspenso, o defensor não esteve em campo no meio da semana e volta à titularidade no lugar de Fred e forma dupla com Alan Costa. Continuam ausentes os meias argentinos Dátolo e Pisculichi, que seguem em fase de transição. O lateral-direito Patric afirmou que a euforia está apenas nas arquibancadas. O elenco está determinado em jogar com responsabilidade para conseguir a classificação sem sustos.

​"Há um bom tempo o Vitória está entre os cabeças nas estatísticas. É muito bom. Bom para o clube, para a comissão, para o atleta. Responsabilidade sim para manter a pegada, o alto nível de trabalho. Mas não ganhou nada ainda. Acho que se a gente manter e crescer ao longo da temporada, ao longo das competições, aí eu acho que a gente pode ser muito eficaz. Para o torcedor, o resultado positivo é muito bom. Para nós também. Sinal de que o relacionamento está muito bom, alegre. A gente tenta focar sempre, não ganhamos nada. Tivemos um bom resultado lá. A pressão só aumenta. Também jogando numa equipe maior, a responsabilidade também se torna maior. Deixamos a euforia para o torcedor, as brincadeiras para o torcedor e a gente continua com os pés no chão, focados no trabalho"​, afirmou Patric.

Com volta de Amorim no meio-campo, River tenta reviravolta e sequência histórica

O River está determinado a buscar uma virada histórica para o time e para o futebol piauiense. Pela primeira vez em uma fase eliminatória na Copa do Nordeste, o clube pode seguir na competição regional e ficar, no mínimo, entre os quatro melhores. Porém, o primeiro confronto não trouxe um resultado bom. Dentro de casa, o time perdeu e tem que reverter uma vantagem em um ambiente que costuma ser hostil aos adversários. Apesar da situação difícil, comissão técnica e elenco estão motivados em lutar ao máximo para conseguir a vitória que mantém o time no Nordestão.

A tendência é que o técnico Eduardo Húngaro repita a formação utilizada no confronto disputado no Lindolfo Monteiro. Porém, o retorno de Amorim é dado como certo, uma vez que o meio-campista cumpriu suspensão automática no duelo de Teresina. Com isso, André Luiz volta ao banco de reservas. O comandante riverino afirmou que o trabalho mental longe dos gramados é fundamental para o time não desistir antes do tempo.

​"Para mim foi jogada a primeira parte do jogo. Está 3 a 2 para eles, e vamos jogar uma segunda parte que é de 90 minutos. O River precisa ganhar de dois gols de diferença e parece complicado. Mas quando você imagina que está 3 a 2 para o adversário e que você precisa virar o jogo, são situações semelhantes. A parte mental fica completamente diferente. A gente está pensando em uma situação em cima do que aconteceu. Vamos ver o vídeo, conversar com os jogadores e tem uma questão física que a gente precisa igualar. Equipes como o River são compostas por jogadores que geralmente jogam seis meses e não conseguem emprego nos outros seis. Esse lastro físico ficou muito claro no segundo tempo. É importante a gente oxigenar a equipe e fazer de três a quatro modificações para ter uma situação mais igual"​, declarou Húngaro.