Resenha "A casa das orquídeas", de Lucinda Riley
Divulgação Editora Novo Conceito

Publicado pela Editora Novo Conceito em 2012, este romance conta a história de Julia Forrester, uma pianista famosa. Ao acontecer uma grande tragédia em sua vida, Julia volta por tempo indeterminado para a cidade de sua infância, Durham, na Inglaterra, em um chalé que tinha para alugar no verão.

Atormentada pela sua tragédia, Julia não comia direito e vivia enclausurada no chalé, até que sua irmã Alicia foi até lá para fazer um convite a ela. Alicia contou que Wharton Park seria vendida, e estavam vendendo alguns itens da propriedade para ajudar a pagar as dívidas e posteriormente vendê-la. Como o pai delas estava de aniversário, ela achou interessante comprar alguma coisa de lá para trazer lembranças da falecida mãe delas ao pai.

Wharton Park carregava uma grande carga de lembranças para Julia, que amava ficar no lugar e fazer companhia ao seu avô, na estufa da propriedade. Bill, o jardineiro da propriedade, cultivava os mais variados tipos de flores, em especial orquídeas. Ela passava a maior parte do seu tempo na estufa.

Ela chegou a entrar na “casa grande” uma vez, quando foi levar uma orquídea à senhora Olívia Crawford, a pedido de Bill. Quem atendeu foi Kit Crawford, o sobrinho da senhora Crawford, que a levou a alguns aposentos. Como a tia estava dormindo, ele achou que não haveria problema de Julia tocar o antigo piano do tio-avô. Enquanto as teclas soltavam a melodia, a senhora Crawford aparece e, furiosa, manda ela ir embora. Esta foi a última vez que Julia entrou na casa.

Dessa vez com Alicia, elas vão até Wharton Park encontrar um presente especial para o pai. Várias lembranças entraram na casa com ela, que foi andando pelos cômodos até achar alguns desenhos de orquídeas. Achando que o presente seria bom, ela compra os desenhos e decide ir mais uma vez na sala onde ficava o piano. Ao chegar lá, ela encontra Kit Crawford. Os dois entram em uma conversa interessante sobre o passado. Depois de muitos meses, ela acaba se sentindo melhor.

Na pequena festa de aniversário do pai, ela descobre por ele que os desenhos que o presenteou tinham sido feitos pela mãe. Nada poderia ter dado mais certo. Uns dias depois, Kit aparece de surpresa no chalé, para contar que havia encontrado um antigo diário escondido no chão do antigo chalé que o avô de Julia, Bill e sua avó Elsie, viviam quando trabalhavam na propriedade. Pela data, ele acreditava que o diário continha memórias da guerra na Tailândia. Kit entrega o diário à Julia, e pede que ela conte a ele o resultado da história depois de ler.

Curiosa, ela conta sobre o diário para Alicia, e como o avô já é falecido, sugere fazer uma visita e conversar sobre o passado com a avó. Elsie começa a contar uma história mais complicada do que parece. Se inicia alguns anos antes da Segunda Guerra e aparentemente não tem a ver com eles, e sim, com os já falecidos Olívia e Harry Crawford.      

Nesta parte, o livro volta ao passado e a protagonista é deixada de lado por algum tempo. A história do jovem casal é conturbada e traz para o presente problemas que poderiam muito bem ser atuais. O desenrolar da história segue uma linha entre Julia e a vida de Harry Crawford durante a Grande Guerra. Os personagens são bem construídos, apenas Julia parece ter pouca atitude em algumas partes da história, mas isso não afeta o enredo.

O livro possui 560 páginas, a capa é linda e a qualidade da impressão e diagramação da Editora Novo Conceito não deixou a desejar em nada. A lição que a autora deixa com esta história, é que o passado afeta muito mais do que parece, e cada um tem uma forma muito pessoal de lidar com ele – para o seu próprio bem ou até mesmo para o seu próprio mal.

Quem é a autora

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Lucinda Riley nasceu na Irlanda, em 1968, e atualmente vive na França. Escritora de romances, seu primeiro livro “Amantes e Jogadores”, foi escrito quando ela tinha apenas 24 anos. A escritora também adotou o pseudônimo Lucinda Edmonds em alguns livros publicados. Seu livro “A casa das orquídeas” virou best seller do The New York Times, e vendeu mais de 2 milhões de cópias no mundo. Os livros dela já foram traduzidos para 22 línguas e publicados em 36 países. 

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