Sendo a primeira mulher nordestina a disputar o UFC em solo cearense, Bethe Correia falou em entrevista  nesta quinta-feira (9) sobre sua preparação em Natal, na Pitbull Brothers, elogiou estrutura do evento e voltou a falar de sua adversária. A atleta ainda teve tempo para elogiar a torcida e falar sobre uma possível disputa de cinturão com Amanda Nunes.

Sendo questionada sobre o peso em ser a primeira lutadora nordestina a disputar UFC no Nordeste, Bethe mostrou-se lisonjeada pelo fato.“Estou muito feliz em estar aqui. Não estou sentindo peso de nada. Treinei bastante, então ta na hora de demonstrar meu trabalho. Eu sei que pra muitos é diversão, mas pra mim eu estou indo trabalhar, mostrar o que eu treinei e eu treinei muito. Eu tô muito satisfeita com meu treino, com meu camping, então eu acho que dessa vez foi bem diferente e eu sei que vai ser bonita a luta. “, afirmou.

Conversando ainda sobre o local onde a luta ocorrerá, a lutadora elogiou a estrutura montada na cidade e disse ser muito feliz por estar em Fortaleza.“O nível aqui está altíssimo. Está de igual pra igual com eventos que eu fui assistir nos Estados Unidos. Não tenho nada a reclamar. Já fui conhecer a arena, ela é muito linda, uma estrutura incrível. Tenho certeza que o UFC voltará. Eu amo Fortaleza, fui feliz em todas as vezes que vim pra cá. Acho que sábado vai ser positivo, vai ser uma bela vitória. “, finalizou.

Falando sobre sua preparação que foi feita em Natal, a atleta destacou o diferencial do seu camping. “Minha preparação foi feita em Natal. Foi muito bom pois é o mesmo clima de Fortaleza, mesmo fuso, não é distante. Meu camping foi muito bom. Eu aderi novas artes, fizemos muita análise. O diferencial desse camping foi que houve um estudo feito em cima de mim. Procuramos ver minhas falhas, coisas que estavam acontecendo e analisamos muito e quando começamos o treinamento para essa luta nós buscamos corrigir então no final eu já tava voando. Por isso estou tão confiante.”, confirmou.

Bethe provocou rival deste sábado

Após duas derrotas que mancharam seu cartel até então intacto, Bethe voltou a vencer em setembro do ano passado no UFC 203, derrotando Jessica Eye por decisão dos juízes.Ao ser perguntada sobre Marion Reneau, a brasileira falou que não leva desaforo para casa e que o tempo pode ser um inimigo para sua adversária.

As coisas acontecem porque tem que acontecer. Não sou de levar desaforo, então eu só respondi. Faz anos que ela me chamava pra lutar, pra dançar no octógono, então se a velha do UFC quer lutar então vamos lutar. São quase 7 anos de diferença. Eu acho que pro dia-a-dia não faz diferença, mas no mundo do esporte um ano de diferença faz porque a gente trabalha com o nosso corpo. No esporte o tempo é nosso inimigo. Se ela consegue tirar proveito disso, beleza, mas a realidade é que ela já é uma vovó nesse aspecto.”, exclamou.

Sobre o apoio da torcida, que está mais forte se comparada com a sua última luta no Brasil que ocorreu diante Ronda Rousey, Bethe frisou saber que as pessoas estariam torcendo por ela.”Eu sou nordestina, sei como é o nordeste. Acho que se a luta contra a Ronda tivesse sido aqui, a torcida teria sido toda pra mim porque o filho da terra nunca abandona. O nordestino sente muito a dor do outro, a gente se protege, é um instinto muito natural. Por isso não tenho um pingo de medo porque sabia que as pessoas aqui estariam por mim.”, completou.

Finalizando a entrevista, Bethe foi perguntada se disputaria cinturão do peso galo com Amanda Nunes caso tivesse chance e finalizou com humor dizendo que lutaria até contra sua irmã. “Sem problema nenhum. Eu não gosto de lutar com o pessoal daqui, mas pelo cinturão eu luto até contra minha irmã.”, finalizou a lutadora.