Chegou a hora! Evento da maior audiência da TV americana e uma das maiores mundialmente, o Super Bowl 50 acontece no próximo domingo, dia 7 de fevereiro, no Levi's Stadium, na Califórnia. Campeão da AFC, o Denver Broncos enfrentará o Carolina Panthers, vencedor da NFC. A VAVEL Brasil transmitirá o confronto em tempo real e fará cobertura durante todo o dia.

Com apenas uma derrota em 18 jogos na temporada, os Panthers são os favoritos para vencer o Super Bowl nas principais casas de apostas de Las Vegas. Porém, a imprevisiblidade da NFL é um dos fatores que mais atraem apaixonados pelo esporte, a cada ano atravessado.

"É impossível prever o que irá acontecer em Santa Clara no dia 7. Os Panthers estão voando, mas a defesa dos Broncos é poderosíssima. Peyton Manning não deve ser subestimado. Sofreu com lesões durante a temporada, mas parece estar 100% para a disputa de seu segundo anel durante sua gloriosa carreira na NFL. Será um grande jogo, digno de um Super Bowl", comentou Pedro Henrique Guimarães, coordenador geral da NFL na VAVEL Brasil.

A temporada dos Broncos foi de altos e baixos. Após sete triunfos nos sete primeiros jogos, a esperança dos torcedores do Colorado para uma temporada vitoriosa cresceu exponencialmente. Porém, Manning sofreu com lesões, sendo colocado no banco de reservas por algumas partidas, deixando Brock Osweiller como responsável under center.

Nas últimas nove confrontos da temporada regular, cinco vitórias e quatro derrotas. Números equilibrados, mas que acabaram deixando os torcedores preocupados com a equipe nos playoffs. Peyton Manning retornou, jogou bem e auxiliado pela defesa, chegou ao seu segundo Super Bowl em três anos.

"Manning pode fechar sua carreira com chave de ouro na NFL. Um título em seu provável último ano colocaria um ponto final em todos os críticos que insistem em menosprezá-lo, mesmo após tudo que um dos maiores quarterbacks da história da liga fez em sua carreira. A experiência de Peyton no Super Bowl - sua quarta final -, pode pesar a favor dos Broncos. A defesa de Carolina é extremamente intensa, e a inteligência do QB de Denver poderá ser o diferencial para o título ir para a cidade de Denver", afirmou Pedro Henrique.

Para chegar ao Super Bowl, o Carolina Panthers venceu o Seattle Seahawks na rodada divisional por 31-24, vingando sua eliminação contra os mesmos no ano anterior. Na fase seguinte, os Cats eliminaram o Arizona Cardinals na NFC Championship por 49-15, acumulando 487 jardas e forçando sete turnovers.

Já o Denver Broncos derrotou o Pittsburgh Steelers na rodada divisional por 23-16, marcando 11 pontos nos últimos três minutos de jogo. Então, bateram o atual campeão New England Patriots na AFC Championship por 20-18, interceptando uma tentativa de conversão de 2 pontos com 17 segundos restantes no relógio.

Denver Broncos, a melhor defesa da NFL

Após serem eliminados na rodada divisional dos playoffs da temporada anterior, o Denver Broncos passou por inúmeras mudanças de coaching, incluindo a saída do treinador John Fox e a contratação de Gary Kubiak. Peyton Manning, sofreu com as alterações e lesões na linha ofensiva, tendo assim sua pior temporada em estatísticas desde seu ano de estreia pelo Indianapolis Colts, em 1998.

Na semana 10, Manning sofreu uma ruptura parcial na fascite plantar do pé esquerdo. Antes disso, estabeleceu o novo recorde jardas lançadas da NFL. Com a defesa carregando a equipe, apesar dos problemas com lesões, os Broncos terminaram a temporada regular com um recorde de 12-4 e ganharam a vantagem de jogar em casa ao longo dos playoffs da AFC.

"Peyton Manning é um dos melhores quarterbacks da história, mas não foi por causa dele que os Broncos chegaram ao Super Bowl. A defesa foi responsável por garantir que a equipe pudesse jogar as partidas de playoffs em Denver e foi quem resolveu nas duas oportunidades, principalmente contra os Patriots, quando Tom Brady não achou recebedores livres e foi para o chão muitas vezes", afirma Matheus Rocha, colunista do ExtraTime.

Manning terminou o ano com um rating de 67,9, passou por 2,249 jardas, nove touchdowns e 17 interceptações. Em contraste, Osweiler, promoveu 1.967 jardas, dez touchdowns e seis interceptações para uma classificação de 86,4.

Receptor veterano, Demaryius Thomas liderou a equipe com 105 recepções para 1.304 jardas e seis touchdowns, enquanto Emmanuel Sanders pegou 76 passes para 1.135 jardas e seis contagens. Por fim, o Denver Broncos detém a melhor defesa desta temporada da NFL.

"O gerente dos Broncos, John Elway, venceu dois Super Bowls no fim de sua carreira sendo um game manager. Ou seja, fazendo mais do básico e não cometendo erros. É justamente isso que Manning precisa continuar fazendo para que a equipe conquiste o título. Não ter turnovers, mudar as jogadas na linha de scrimmage para ajudar o jogo corrido e conseguir um bom passe aqui e ali", finaliza Matheus Rocha.

Carolina Phanters, o melhor ataque da NFL

Apesar da renúncia do running back DeAngelo Williams e perder o top wide receiver Kelvin Benjamin, o Carolina Panthers obteve a melhor temporada regular da história da franquia, tornando-se a sétima equipe a vencer, no mínimo, 15 jogos desde que a liga mudou seu formato para 16 partidas em 1978.

No início da temporada, emplacaram 14-0 e não só estabelecendo o novo recorde da franquia para maior número de vitórias consecutivas, mas também como melhor início de temporada de uma equipe de NFC na história da NFL, quebrando o recorde de 13-0 que anteriormente era do New Orleans Saints (2009) e do Green Bay Packers (2011).

"Os Panthers quase completaram uma temporada regular perfeita, perdendo apenas para o Atlanta Falcons em uma recepção miraculosa de Julio Jones. A defesa fez um ótimo trabalho em todos os setores, mas o ataque também merece muito destaque. Depois do recebedor Kelvin Benjamin se machucar na pré-temporada, muitos disseram que os Cats não iriam a lugar nenhum. Só que Cam Newton teve sua melhor temporada na carreira e vários wide receivers com pouco nome apareceram para ajudar", afirmou Matheus Rocha.

Liderados por Cam Newton, os Cats detiveram o melhor ataque da temporada regular da NFL com 500 pontos. O quarterback passou por 3.837 jardas e percorreu outras 636, gerando 45 touchdowns. Foram 10 interceptações e a melhor classificação por posição da temporada com rating de 99,4.

Os principais receptores de Newton foram Greg Olsen, recebendo 77 passes para 1.104 jardas e sete touchdowns, e o wide receiver Ted Ginn, om 44 passes para 739 jardas e 10 touchdowns.

"A defesa dos Broncos é sensacional, mas ainda não enfrentou um quarterback que oferece tanto perigo quanto Newton. Cam é ótimo passando a bola, mas tem uma agilidade maior do que qualquer outro jogador da posição na liga, algo fundamental para fugir de unidades que pressionam bastante. E ele ainda é forte o suficiente para quebrar tackles", finalizou Matheus Rocha.

Manning x Newton: o duelo de gerações no Super Bowl

De um lado, Peyton Manning, 39 anos, quaterback do Denver Broncos, campeão com o Indianapolis Colts em 2007 e dois vice-campeonatos. Do outro, Cam Newton, 26 anos, quaterback do Carolina Panthers e pela primeira vez em um Super Bowl. Mais do que o título, o confronto do próximo domingo marca um duelo de gerações.

Manning pode estar vivendo sua última temporada de NFL e carrega recordes e títulos consigo. Não foi brilhante como de costume neste ano, mas mostrou-se diferencial quando preciso. Carrega o estilo clássico dos quarterbacks, um legítimo passador com características marcantes. Ilustração da velha guarda do esporte.

Cam Newton é o retrado fidedigno da nova geração. Com dotes muito além de passes precisos, tem sua velocidade, força e tamanho como características, as vezes confundindo-se com um Running Back. Dita o tom do que deve ser tendência em um futuro próximo.

Por fim, o Super Bowl 50 carrega em suas entrelinhas o confronto da experiência contra a juventude. O velho contra o novo. A era clássica contra a era moderna. A história seguirá sendo escrita, independente de quem for vencedor.

"Um confronto de gerações. Primeiras escolhas gerais no Draft de 1998 e 2011, respectivamente, Manning e Cam são quarterbacks completamente diferentes. Mais atlético, o QB dos Panthers poderá utilizar de sua altura, força e velocidade para enganar o setor defensivo dos Broncos, pelo menos por algumas vezes. Claro, sem menosprezar suas estatísticas como passador: na temporada, foram 35 touchdowns lançados, e mais de 3.800 jardas. Por outro lado, Peyton é pouco efetivo fora do pocket, mas sua inteligência dentro dele pode fazer a diferença. Manning utilizará o curto tempo entre receber o snap e lançar a bola - uma de suas principais características -, para evitar a presença do poderoso pass rush dos Panthers. Será um confronto extremamente físico, só temos que agradecer por estarmos vivos para poder testemunhar mais um grande Super Bowl", encerrou Pedro Henrique, confiante em um histórico 7 de fevereiro.

Levi's Stadium, o palco do Super Bowl 50

Vencendo a concorrência da região metropolitana do sul da Flórida, San Francisco foi escolhida como palco da 50ª edição do Super Bowl. A área já foi sede em 1985, no Super Bown XIX, mas esta será a primeira vez que o grande centro urbano terá a oportunidade de receber o evento.

Após debates internos, a NFL decidiu não utilizar a numeração romana ("Super Bowl L") para este evento, devido às dificuldades gráficas no desenvolvimento de logomarca visualmente atraente com a letra "L". Assim, esta edição utilizará numeração arábica. O uso da numeração romana voltará a partir do Super Bowl LI.

Lady Gaga canta hino nacional; Coldplay é a atração

A NFL anunciou de ante-mão que Lady Gaga será a responsável por cantar o hino nacional norte-americano durante o Super Bowl 50. Já a atração principal do intervalo ficará a cargo da banda Coldplay.

Para o espetáculo, Chris Martin já havia revelado que Beyoncé participaria do evento. A estrela pop chegou a comandar o show em 2013. No entanto, o vocalista confirmou que Bruno Mars também subirá ao palco da apresentação.

"Esta aqui deve ser uma pegada de Beyoncé. Eu diria que ela esteve aqui há umas quatro horas. Vamos procurar a do Bruno", disse o líder do Coldplay.

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