A prova teve início pontualmente às 9h30 deste sábado no Forte de Copacabana, com 144 atletas. O percurso de 247km, que passou pelas praias de Ipanema, Leblon, Barra e São Conrado, teve dois circuitos, um com quatro voltas, que passava pela Praça do Pontal, na Zona Oeste da cidade do Rio, e o outro com três,  que contornava a estrada das Canoas, passando pela Vista Chinesa. Certamente o grande destaque da competição foi o visual do Rio de Janeiro.

O grande favorito para a prova era o britânico Christopher Froome, que teve grandes momentos ao longo da competição, liderando o pelotão junto com a equipe de seu país e alcançando o grupo de perseguição. Porém, embora suas chances tenham crescido muito no final da prova, Froome não conseguiu chegar ao pódio. 

No decorrer da prova, predominaram na liderança um grupo formado por Colômbia, Suíça, Rússia, Alemanha, Noruega e Polônia. Ao deixarem o circuito de Grumari e se encaminharem ao circuito da Vista Chinesa, a história mudou e estes voltaram a fazer parte do pelotão, dando mais chances às equipes da Grã-Bretanha e da Itália, que tiveram destaque justamente pelo trabalho em grupo ao longo de toda a prova. 

O circuito da Vista Chinesa teve início faltando 70km para o fim da competição, e quatro, dos seis líderes no circuito anterior, voltaram para a dianteira: Colômbia, Rússia, Polônia e Alemanha. E destes, ficaram para trás Colômbia e Alemanha, deixando os outros dois na ponta na maior parte do circuito. 

Os brasileiros Kléber Ramos e Murilo Fischer não se destacaram durante a competição. Passaram a maior parte da prova absorvidos pelo pelotão, exceto por um breve momento, no circuito da Vista Chinesa, quando Ramos desgarrou do pelotão e alcançou o grupo de perseguidores. Não foi o suficiente. Nenhum dos dois terminou a prova dentro do tempo limite da competição.

Próximo dos últimos 50km, foi encontrada uma bolsa suspeita perto da reta final do percurso e o esquadrão antibomba foi acionado. Pouco tempo depois a polícia confirmou que não havia explosivos. 

Nesse mesmo momento da prova, Aleksei Kurbatov, da Rússia liderava isolado, e o italiano Vicenzo Nibali conseguiu aproximação e foi seguido por sua equipe, desbancando o russo. Aproximaram-se também, a essa altura, o polonês Rafal Majk e o dinamarquês Jakob Fuglsang.

Na última volta do circuito da Vista Chinesa o pódio parecia estar certamente desenhado, com Nibali no lugar mais alto, seguido pelo colombiano Sergio Luiz Henao e Rafal Majk. Mas, então, descobrimos que o Ciclismo de Estrada é um esporte surpreendente até os últimos quilômetros: na última descida, Nibali perdeu o controle na curva e caiu; o mesmo ocorreu logo em seguida a Henao, alterando todo o cenário e deixando o polonês com a certeza de que levaria seu primeiro ouro para casa. 

Foi também a hora de Froome acreditar. O favorito arrancou, mas ainda não foi o suficiente para deixar a perseguição e se aproximar da liderança. Quem conseguiu encostar no líder polonês foram o belga Greg Van Avermaet e, novamente, Jakob Fuglsang. 

Os três continuaram na briga nos oito quilômetros finais, revezando a liderança. Até ali, ainda não havia nada definido. Foi somente nos últimos metros de prova que Avermaet arrancou e ultrapassou Majk, seguido pelo dinamarquês. 

A medalha de ouro do Ciclismo de Estrada voltou para a Bélgica após 64 anos com Greg Van Avermaet. Fuglsang conquistou a medalha de prata e o polonês ficou com o bronze. 

A prova teve pouco mais de seis horas de duração. 

A competição do Ciclismo de Estrada feminino acontece neste domingo (7), com início às 12h15.

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