A competição dos saltos ornamentais não ficou marcada apenas pela beleza dos saltos performados pelos e pelas atletas. Realizada no Parque Aquático Maria Lenk, a disputa aconteceu numa piscina um tanto quanto diferente por conta de um detalhe: a coloração da água. Em poucas horas, o tom da piscina dos saltos passou do transparente para um verde bastante acentuado. A mudança foi surpreendente não só pela sua velocidade, mas também pelo fato de que a piscina de natação, situada logo ao lado, manteve sua coloração original.

Encarada como um problema pela maioria das pessoas que acompanha a Olímpiada de fora, a situação foi bastante minimizada pelos atletas, incluindo a brasileira Ingrid de Oliveira, que se envolveu em confusão na Rio 2016: “Já participei de uma competição em Brasília e aconteceu o mesmo por lá. Uma bomba quebrou e a água da piscina ficou verde por isso. Acho que deve ter sido o mesmo aqui, mas não afetou em nada a competição”, afirmou a brasileira. Seu discurso foi endossado pela medalhista de prata na plataforma dos 10m, Pandelela Rinong Pamg, da Malásia: “Por que as pessoas estão perguntando sobre a água? Acho que está normal para uma competição ao ar livre, não foi um problema para nós, nem afetou nossa perfomance”, ressaltou Pamg.

O motivo para a mudança na cor da água foi explicitada pela organização da Olímpiada no decorrer do dia. Segundo os organizadores, o tom de verde se deu por conta da proliferação de algas no local, algo que não era esperado. Como pela manhã, a água se apresentava com coloração normal, especula-se que os fortes ventos que atingiram o Rio de Janeiro ontem (9) tenham contribuído para acelerar a mudança. As competições dos saltos ornamentais voltam a ser realizadas hoje, apenas com a final do trampolim masculino de 3m sincronizado, com água verde ou normal, ainda que a organização aguarde que a cor da mesma volte ao normal ainda hoje (10).