Os Jogos Olímpicos Rio 2016 têm sido particularmente especiais para o estadunidense Michael Phelps. O nadador voltou da aposentadoria, anunciada após Londres 2012, e fez história na Cidade Maravilhosa. Além de ser o atleta com maior número de medalhas de ouro na história e ter aumentado esse número para 22 ouros após vencer mais quatro provas, a lenda viva do esporte conseguiu dois feitos inéditos: se tornou o primeiro nadador a recuperar o título olímpico, na prova dos 200m borboleta, onde perdeu para Laszlo Cseh em 2012; e também se tornou o primeiro tetracampeão olímpico de uma prova, nos 200m medley.

Apesar de tantas marcas espetaculares, o tempo para ver Phelps em ação está se esgotando. Aos 31 anos, o estadunidense já declarou que vai se aposentar ao fim da Olímpiada. Com a idade mais avançada, é improvável que haja um retorno às piscinas dessa vez: "Essa tem sido uma semana fantástica, uma ótima maneira de encerrar a minha carreira", afirmou o ídolo, que também quebrou o recorde de maior vencedor de provas individuais, com 13. O recorde perdurava desde os Jogos da Antiguidade, há mais de 2 mil anos.

Phelps ainda deu declarações que mostram o paradoxo entre os sentimentos do nadador: "É estranho pensar que 20 anos atrás eu aprendi a nadar e agora faltam apenas 48h para eu parar de competir. É louco pensar em algumas dessas coisas, mas também é bom porque vejo que sempre pude fazer o que queria", disse antes de completar parecendo fazer uma rápida retrospectiva na sua cabeça: "Começou a bater na minha cabeça: só tenho que me vestir e competir mais duas vezes.Tenho mais duas provas e, na verdade, essa é uma das coisas mais legais. Tudo que coloquei na cabeça, pude fazer. Trabalhei duro para estar onde estou", ressaltou o nadador que cai na piscina para nadar a final dos 100m borboleta e as eliminatórias do revezamento 4x100m medley ainda hoje (12).