Com mais definições, os combates do boxe voltaram a acontecer no ringue montado no pavilhão 6 do Riocentro e, com o fim dos Jogos Olímpicos Rio 2016 se aproximando, a maior parte das lutas vai definindo medalhas, já que uma vitória nas quartas de final já garante ao boxeador uma medalha de bronze. As primeiras lutas, pelo peso ligeiro feminino (57-60kg), foram já pelas quartas da categoria, garantindo medalhas de bronze para a Finlândia e a China, com Mira Potkonen, algoz da brasileira Adriana Araújo, e Yin Junhua.

Além das brigas por medalhas, o boxe trouxe um momento bastante curioso nessa manhã. A quinta luta do dia trazia um nome bastante conhecido ao ringue: Muhammad Ali. No entanto, o lutador que o carregava era britânico, ao contrário do “original”, de nome de batismo Cassius Clay. O nome do boxeador acabou trazendo a torcida para o seu lado. Enquanto a torcida gritava “Ali! Ali!”, o lutador parecia absorver essa energia e ia caçando o seu adversário, o venezuelano Yoel Finol, por todo o ringue. A luta, válida pelas oitavas de final do peso mosca masculino, acabou com vitória de Finol por decisão unânime dos juízes.

A luta mais importante do dia foi logo a antepenúltima, uma das semifinais do peso meio-médio, entre o marroquino Mohammed Rabii e Shakhram Giyasov, do Uzbequistão. Um deles sairia do ringue com a medalha de bronze, enquanto que o outro poderia ir até a final em busca da medalha de ouro. Os dois lutadores fizeram um primeiro round um tanto quanto movimentado, com bastante busca pelo combate, com certa vantagem para o uzbeque, que atingiu de forma mais eficaz seu oponente. No segundo assalto, Giyasov mostrou estar confiante, mantendo a guarda baixa, enquanto seu adversário não conseguia atingi-lo. Rabii chegou a se recuperar e subir de produção, mas sua melhora foi insuficiente para vencer os dois últimos assaltos, com a vitória ficando para o uzbeque.

VAVEL Logo
Sobre o autor
Gabriel Menezes
Jornalismo na UFRJ. Coordenador e setorista de Botafogo; Coordenador de Futebol Americano e Italiano