O Atlântico de Erechim é tricampeão do Campeonato Gaúcho de Futsal. No ginásio municipal de Carlos Barbosa, o Galo conseguiu a vitória por 2 a 1, em grande partida de seu goleiro Baranha. Os gols da equipe erechinense foram de Keké e . O triunfo veio de virada como visitante, em conquista marcante sobre a Laranja Mecânica, maior campeã e atual vencedora da Liga Nacional de Futsal. Desta vez não deu para a serra gaúcha e o título vai mesmo para o norte do Rio Grande do Sul.

No jogo de ida, o placar foi de 3 a 3 na casa do Galo de Erechim. Pela volta, na cidade serrana de Carlos Barbosa, o camisa 11 Murilo abriu o placar logo cedo e deixou o time alaranjado em vantagem, através de um chute cruzado de perna direita: 1 a 0. A ACBF não conseguiu manter superioridade e cometeu muitas faltas no primeiro período. Uma delas resultou em pênalti para o Atlântico. O capitão Keké cobrou a penalidade máxima no centro da meta e igualou as coisas: 1 a 1.

Na primeira cobrança do tiro livre, Angelo se adiantou, defendeu, mas o árbitro corretamente mandou voltar o chute. Na segunda cobrança, o Atlântico de Erechim trocou o arqueiro por Maizena. Marlon partiu novamente, chutou, Maizena se adiantou de forma semelhante ao companheiro, mas dessa vez os juízes validaram tudo e o jogo seguiu 1 a 1 até o intervalo.

Após a primeira metade percorrida, a volta ao jogo trouxe um Atlântico de Erechim com boas chances e a ACBF mantendo uma marcação alta, na quadra adversária, esperando uma roubada próxima ao gol. Todavia, a partida também seguiu o caminho das polêmicas, com faltas mais fortes e reclamações dos dois lados. Faltando 10 minutos ao fim, Dener recebeu na área, chutou forte, mas Baranha defendeu com o peito, em arrojada defesa pelo Atlântico.

Em resposta do Galo, duas bolas na mesma trave impediram a virada visitante. O primeiro chute foi de Café e, no rebote, seu companheiro também carimbou o poste de Carlos Barbosa, persistindo o placar de 1 a 1. Quando a bola não havia entrado de dentro da área,acertou chute despretencioso de longe. Havia muitos jogadores à frente do goleiro e a bola passou por todos, para cumprimentar a rede no cantinho: 2 a 1 ao Atlântico.

Faltando 5 minutos, Murilo chutou rasteiro, Baranha espalmou e Grilo, dentro da área, se esticou para chutar, mas mandou para fora, à esquerda da meta, em grande chance do empate. Com 3 minutos e meio para o fim, Carlos Barbosa apelou para o goleiro-linha com Canabarro na função. A atual campeã nacional não conseguiu a reação e ficou com o vice-campeonato. No estouro do cronômetro, título ao Galo para a festa em quadra do tricampeão estadual.

O goleiro Baranha, destaque na final, desabafou  sobre a situação de luto pela Chapecoense: "A situação no nosso esporte nos deixa impossibilitados de comemorar". A cidade de Erechim fica a cerca de 100 km de Chapecó e o arqueiro deixou um abraço e a solidariedade a todos na cidade do oeste catarinense.

"A gente foi coroado hoje. Nós sofremos muito, fomos consolados pelos familiares. Parabéns também à ACBF, lutou muito e valorizou o nosso título", disse, autor do gol da virada e que está de despedida, em saída para jogar na equipe do Sorocaba. O jogador Leco foi eleito o melhor jogador da final do campeonato.

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Sobre o autor
Henrique König
Escritor, interessado em Jornalismo e nas mudanças sociais que dele partem; poeta de gaveta.