A Seleção Brasileira feminina de handebol deu adeus aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O Brasil perdeu para a França por 29 a 22 no comecinho desta segunda-feira (2) e está fora após fechar a fase de grupos em penúltimo. Até um empate garantia as brasileiras no mata-mada, mas a pontaria ofensiva ficou tímida hoje, e a seleção verde e amarela não aguentou o ritmo das atuais vice-campeãs olímpicas.

"Infelizmente o trabalho que fizemos foi muito bom, mas não foi suficiente. Sabíamos que, se cometemos muitos erros no ataque, como aconteceu contra a Espanha, a gente iria tomar o contra-ataque e não daria tempo de defender, porque elas têm jogadoras muito rápidas. Do nosso time não pode cobrar falta de vontade. A gente pecou no excesso de vontade, na verdade. O querer demais também atrapalha. Infelizmente cometemos os erros de finalizações. Se não faz o gol, não dá tempo de retornar", disse Alexandra, uma das jogadas líderes do Brasil.

Foram três derrotas seguidas depois do empate na estreia e vitória na segunda rodada. o Brasil encerrou a campanha com três pontos no grupo B e fora da zona de classificação para as quartas de final. Avançam as quatro primeiras (Espanha, Rússia, França e Suécia), e o quinto lugar ainda está ameaçado porque a lanterna Hungria enfrenta a líder Suécia neste segunda. 

Fase de transição de gerações acompanhada de queda no rendimento

Com a eliminação ainda na primeira fase, o handebol feminino do Brasil não consegue epetir a quinta colocação da Rio 2016, melhor campanha da equipe em toda história dos Jogos Olímpicos.

O Brasil foi campeão mundial em 2013 no handebol feminino, mas precisou iniciar um processo de renovação depois das Olimpíadas do Rio 2016, quando foi eliminada nas quartas de final pela Holanda. Antes dos Jogos de Tóquio 2020, a Seleção somou resultados negativos nos dois Mundiais disputados (2017 e 2019), sequer passando da fase de grupos em ambas as edições.