A segunda noite de decisões na competição da natação prometia fortes emoções, principalmente com a presença do estadunidense Michael Phelps, que foi confirmado como um dos quatro nadadores participantes do revezamento 4x100m livre dos Estados Unidos. Além disso, a final dos 100m borboleta feminino prometia uma quebra de recorde mundial. E essa quebra foi entregue: a sueca Sarah Sjostrom, que já havia estabelecido o recorde olímpico durante as fases eliminatórias, quebrou seu próprio recorde e estabeleceu uma nova marca mundial, com o tempo de 55.48.

Logo após a final dos 100m borboleta feminino, os homens entraram na água para as semifinais dos 200m livre. Logo na primeira bateria, tivemos excelente prova, disputada até o fim entre o estadunidense Conor Dwyer e o alemão Paul Biedermann. Nessa briga, melhor para Dwyer, que venceu, chegando apenas 13 centésimos à frente do seu adversário. No entanto, a segunda bateria teve ritmo muito mais forte e classificou os cinco primeiros para a final da prova, incluindo o chinês Sun Yang, que nadou com intesidade bastante alta e conseguiu vencer a prova com o tempo de 1:44.63.

A semifinal dos 100m peito feminino veio na sequência e teve uma boa briga logo na primeira bateria, entre Yulia Efimova, da Rússia e Ruta Meilutyte, da Lituânia. A russa foi vaiada quando anunciada, por conta do seu envolvimento com o escândalo de doping do país, revelado recentemente. Efimova, por decisão da Federação Internacional de Natação (FINA), não poderia disputar a Olímpiada, mas o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) concedeu resolução que permitia sua participação. A nadadora parece ter vindo com sede de medalhas e venceu a bateria, após disputa braçada a braçada com a recordista mundial Meilutyte. Na segunda bateria, Lilly King, dos Estados Unidos, conseguiu a melhor marca das semifinais, com o tempo de 1:05.70.

Os 100m peito masculino sucederam a mesma prova feminina, mas a etapa a ser disputada já era a final. O nadador da Grã-Bretanha Adam Peaty confirmou seu favoritismo, levou a medalha de ouro com sobras e quebrou, pela segunda vez nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o recorde mundial da prova, fechando com o tempo de 57.13. O Brasil contava com a presença de Felipe França e João Gomes, esperanças de medalhas na prova. No entanto, os dois não conseguiram bons tempos, com João fechando a prova em quinto e Felipe em sétimo. A prata foi para o sul-africano Cameron van der Burgh e o bronze ficou com o estadunidense Cody Miller.

Na final dos 400m livre feminino, também não houve nenhuma surpresa: a nadadora Katie Ledecki, que compete pelos Estados Unidos, foi soberana e dominou a prova de ponta a ponta. Para completar a festa pela vitória, Ledecki também superou em quase 2 segundos o seu próprio recorde mundial, fechando a prova com o tempo de 3:56.46. A medalha de prata ficou com a Grã-Bretanha, representada por Jazmin Carlin e o bronze acabou sendo da também estadunidense Leah Smith.

Após as duas finais, tivemos mais duas semifinais na piscina olímpica do Estádio Aquático Olímpico, envolvendo as provas dos 100m costas de ambos os gêneros. No masculino, tivemos o brasileiro Guilherme Guido nadando na segunda bateria, fazendo uma prova ruim, sem conseguir se classificar entre os oito melhores. Ryan Murphy, dos Estados Unidos, se classificou com o melhor tempo: 52.49. Já na prova feminina, tivemos duas séries muito fortes. Na primeira, Madison Wilson, da Austrália, conseguiu a vitória, marcando 59.03. No entanto, na segunda prova, a estadunidense Kathleen Baker repetiu seu tempo das eliminatórias e passou à final com a marca de 58.84. Katinka Hosszu ficou com o segundo melhor tempo das semifinais, mostrando ter condições de brigar por mais uma medalha.

A prova que fechou a noite foi o revezamento 4x100m livre masculino. O favoritismo estava no colo dos estadunidenses, que contavam com o reforço de ninguém mais, ninguém menos que Michael Phelps. O Brasil tinha esperança de tentar uma medalha. Marcelo Chierighini abriu muito bem, colocando o revezamento brasileiro entre os três primeiros colocados, mas Estados Unidos, França, Rússia e Austrália acabaram superando os brasileiros. No fim, os estadunidenses venceram e deram a Phelps a sua 23ª medalha olímpica, a 19ª de ouro. A prata foi para a França e o bronze ficou com a Austrália.

As provas da natação voltam amanhã (8), às 13h, com provas eliminatórias dos 200m livre feminino.

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Sobre o autor
Gabriel Menezes
Jornalismo na UFRJ. Coordenador e setorista de Botafogo; Coordenador de Futebol Americano e Italiano