Medalhista de prata em Londres 2012, a judoca brasileira Lúcia Teixeira repetiu o feito nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 ao chegar à decisão da categoria até 57kg. Na final, acabou sendo derrotada pela ucraniana Inna Cherniak nesta sexta-feira (9).

Lúcia não se abateu com a segunda colocação e destacou o apoio da torcida diante da derrota. “Foi um momento único estar disputando em casa e poder dividir a medalha com todos os brasileiros, ainda mais com minha filha que também estava lá. É difícil ir para a disputa de ouro e perder, em Londres foi frustrante mas aqui, assim que eu perdi, recebi um apoio e um carinho muito grande. Pessoas me abraçando sabendo que eu tinha dado melhor”, disse a judoca em entrevista coletiva realizada neste sábado (10), no Parque Aquático Olímpico.

“Comecei no judô para acompanhar os meus irmãos e fui criada como se eu não tivesse deficiência visual. Aí comecei a trabalhar e a estudar e tive que parar com o esporte. Porém em 2006 conheci o paradesporto e após seis anos parada voltei ao judô sem o apoio da minha família. Me convidaram dizendo que se eu voltasse eu seria campeã, e acreditei. No mesmo ano, participei do brasileiro no Rio para saber até onde seria capaz de ir. Fui campeã e mediante à medalha meus familiares não tiveram o que dizer”, completou Lúcia.

Segundo a medalhista de prata, a esperança de público na Rio 2016 sempre foi a melhor possível. “Acreditava sim em uma boa presença dos brasileiros na Paralimpíada. Esperamos terminar a Olímpiada para fazer nossa publicidade, foi onde estourou e bombou, ainda mais por ser aqui no Rio, já esperávamos por isso. É uma cidade muito acolhedora que se envolve com tudo e foi o resultado de todo o trabalho”, finalizou a atleta.

Lucia participou da coletiva ao lado de Daniel Martins, medalha de ouro nos 400m rasos da categoria T20 e de Fabio Bordingon – prata nos 100m na categoria T35.

Medalhista comemora prata na Rio 2016 | Foto: Pedro Henrique Guimarães/VAVEL Brasil
Foto: Pedro Henrique Guimarães/VAVEL Brasil