O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), vetou, nesta quinta-feira (2), um projeto de lei que garantia a comercialização de 30% da carga total de ingressos de variados eventos esportivos na capital mineira a preços populares. A medida, proposta pelo vereador Leonardo Mattos (PV), valia para futebol, vôlei, basquete, entre outros.

O vereador justificou o projeto como "democratização do esporte" em Belo Horizonte. A medida colocava ainda que o preço das entradas populares não poderiam ultrapassar 50% do custo do valor da entrada com custo baixo praticado pelos clubes, arenas, entre outros. O projeto foi aprovado na Câmara Municipal de BH antes de seguir para o prefeito.

Por sua vez, Alexandre Kalil justificou o veto através do artigo art. 170 da Constituição Brasileira, que prega liberdade à iniciativa privada, cabendo aos clubes precificar as entradas dos jogos sem depender de interferência do Poder Público. O prefeito alegou, também, que a receita oriunda de ingressos, alimentos e produtos oficiais comercializados nos estádios e arenas são importantes para a sobrevivência das agremiações.

Em Belo Horizonte já existe Lei Nº 10.942, proposta pelo vereador Pelé do Vôlei (PSB) e sancionada pelo ex-prefeito Márcio Lacerda (PSB), que determina gratuidade de ingressos para menores de 12 anos em eventos esportivos, desde que estejam acompanhados dos pais ou responsáveis. A Lei determina que 1% da carga de ingressos seja destinada a este público.