O Ginasta Rafael Andrade foi um dos atletas que marcaram presença no evento festivo promovido pela Federação de ginástica do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o Departamento de Esportes Olímpicos do Flamengo, realizado na Sede Social do clube rubro-negro, no último sábado (8).

Único a se apresentar na ginástica de Trampolim, o atleta conversou com a VAVEL Brasil após o evento. O ginasta se tornou o primeiro representante brasileiro da modalidade em uma Olimpíada, ao garantir classificação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Rafael revelou que se deixou levar pela emoção, mas que se sente privilegiado por ter colocado seu nome na história da modalidade no país.

"É uma conquista inédita o que aconteceu pra minha modalidade. Pessoalmente foi a realização de um sonho participar dos Jogos Olímpicos, ainda podendo ser o estreante do Brasil em Olimpíada , isso foi muito recompensador. Há muito tempo eu venho lutando pela modalidade, fazendo ela crescer, então eu tive o privilégio de ter esse retorno." 

"O Trampolim, a ginástica, é muito do momento. Infelizmente não fiz minha melhor apresentação. Nos meus treinos estava tudo muito bem. Mas a grandiosidade do evento, acabei me deixando levar um pouco pelo emocional, e isso fez uma diferença. Acho que se fosse uma Olimpíada em outro lugar, eu teria conseguido me concentrar um pouco mais. Sendo em casa, o acesso para as outras pessoas é muito mais fácil. Por mais que eu tenha me bloqueado das pessoas próximas, de tudo para não afetar, estar na arena, em casa, não adianta. Senti isso um pouco. Mas só por eu ter tido a oportunidade de ter dado esse primeiro passo para o Trampolim já é ótimo. Acho que eu sigo como referência para os próximos atletas que estão vindo, são grandes talentos que nós temos. Eles vão saber que o Rafael, brasileiro, conseguiu chegar nas Olimpíadas. Eu espero servir de referência para eles buscarem mais, repetir o mesmo feito." Declarou.

Rafael também comentou sobre seu futuro. O ginasta, que completa 31 anos no próximo mês, ainda não sabe se disputará outra Olimpíada. Mas afirmou ser uma vontade sua.

"Estou treinando na Inglaterra. Para os Jogos Olímpicos, desde 2014 eu me mudei para fora. Esse ano estou esperando ver se consigo algum patrocínio, espero algumas respostas para poder voltar, ficarei treinando lá porque no fim do ano tem Mundial. em 2017 tem os jogos Sul-Americanos, e é a primeira vez que o Trampolim vai estar incluso nestes Jogos, então eu quero participar dessa competição. Depois disso, só em 2019 e 2020, que são os dois anos que contam classificação para a Olimpíada. Então, eu quero ver primeiro como vai ser. Preciso me preocupar com outras coisas na minha vida, minha carreira. Mas se puder quero continuar mais um ciclo sim."

Para o atleta, eventos como o promovido pela Federação do Rio precisam servir de exemplo. "Esse evento é de extrema importância. A ginástica do Rio do Janeiro é uma das mais fortes do país, os principais atletas de todas as ginásticas estão quase todos aqui. Então é importante uma Federação que trabalhe com isso. Agora, o Bruno [Chateaubrian] entrando, conseguindo apoio, promovendo mais a ginástica, isso vai promover muito mas o esporte, como consequência vem o crescimento. Isso é algo que estava faltando muito no Brasil, que possa servir de exemplo para outras Federações, saber que podem promover a ginástica porque a gente precisa de mais e mais desse esporte."

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Sobre o autor
Felipe Targino
Carioca, 23 anos. Fã de música e futebol. com objetivo de ser Jornalista Esportivo