Faltando poucas semanas para o início da Copa do Mundo, a Seleção Brasileira intensifica sua reta final de preparação na areia de Copacabana. Na manhã do último sábado (15), o técnico Gilberto Costa finalizou a segunda semana de atividades já com apenas os 12 jogadores que participarão do torneio presentes no treinamento.

Um dos mais experientes do elenco, o goleiro Mão conversou com a VAVEL Brasil após o treino. O jogador contou como está sendo a preparação na areia do Bairro mais famoso do Rio.

"Treinar no Rio de Janeiro é muito bom. Sou Capixaba, mas suspeito pra falar, é uma cidade que gosto muito. Treinar na areia de Copacabana nos traz boas lembranças porque aqui começou a história dos títulos Mundias do Brasil. Até pelos torcedores também, tudo isso nos traz uma energia muito positiva. Estamos concluindo essa fase final dos treinamentos para a Copa do Mundo, a expectativa é muito boa, já temos os 12 jogadores definidos. Agora é a lapidação dos detalhes com a comissão técnica e aguardar o dia da viagem", disse.

Mão também revelou como é lidar com a responsabilidade de comandar os mais jovens dentro de quadra diariamente e nas competições.

"Ser um dos mais experientes do elenco é uma responsabilidade muito grande. Já vou para a minha oitava Copa do Mundo. Sou o jogador que mais vezes participou do torneio. Tento dar aos jogadores a tranquilidade que posso, dentro e fora de quadra. Busco mostrar os melhores caminhos, as escolhas que devem fazer. Mas aprendo muito com eles também, a maneira intensa de se jogar. Acredito muito que ambas as partes estão aprendendo. Gosto muito de jogar com essa nova geração, tenho muito gosto de fazer parte deste grupo. Tenho certeza absoluta que todo esse treinamento, o coletivo, dentro e fora de campo, vai nos dar um respaldo muito grande pra iniciarmos a Copa do Mundo com o pé direito", afirmou.

Ao comentar sobre os três adversários já conhecidos na primeira fase da Copa do Mundo, o goleiro disse que espera um grupo difícil, mas destacou que a seleção está preparada para o torneio.

"Jogamos contra o Taiti no ano passado pela Copa Intercontinental, contra a Polônia também e tivemos alguns amistosos contra o japão. São três seleções muito fortes no cenário mundial do futebol de areia. A comissão técnica tem preparado o material para nós, estamos estudando cada um. Como o Taiti é o nosso primeiro adversário, nós estamos estudando as características que eles já tem e também alguns detalhes que eles já implantaram para essa próxima competição. São três seleções muito fortes, para nós é o grupo mais forte da Copa do Mundo. mas nós estamos preparados para ir jogo a jogo. Nosso primeiro adversário é o Taiti, então nós vamos buscar vencer as estratégias deles usando as nossas estratégias", destacou.

Questionado sobre qual é o segredo para a seleção manter a longa invencibilidade de 29 partidas e conquistar os seis títulos internacionais consecutivos, o experiente atleta afirmou que a equipe mantém os pés no chão e procura focar nos próximos compromissos.

"Estamos com seis títulos e vitórias consecutivas. Hoje, Portugal é a equipe atual campeã do mundo, e o Taiti é o atual vice-campeão. Mas todo mundo quer vencer o Brasil pela consequência dos jogos e dos títulos conquistados, então hoje o alvo é o Brasil. Para eles lá nós somos os favoritos nessa Copa. Nós sabemos até que ponto somos favoritos, mas cada jogo é uma história diferente. Isso também nos dá uma certa tranquilidade, de saber que o processo está sendo feito. Também sabemos que essas conquistas já fazem parte do passado. Agora nós temos que focar na Copa do mundo e esquecer o resto. Se nós entrarmos em quadra pensando naquilo que já conquistamos, não vamos nem nos classificar. Nosso intuito é reconhecer o que fizemos, mas pensar sempre nos próximos objetivos, e agora o nosso é conquistar a Copa do Mundo."

Com 38 anos e uma bagagem de muitos títulos na Seleção Brasileira, Mão riu ao ser perguntado sobre aposentadoria. O arqueiro revelou que tem vontade de jogar mais duas Copas do Mundo. Ele também quer ajudar a seleção mesmo depois de se encerrar sua carreira nas quadras.

"Eu pretendo disputar mais uma Copa do Mundo ainda. Essa e a próxima. Se Deus quiser nós vamos jogar a próxima já como pentacampeões do mundo. Com cinco títulos, eu teria oportunidade de conquistar todos com a seleção. Depois disso, em 2019, ae sim começar a pensar na aposentadoria. Quem sabe estar na comissão técnica, talvez como treinador. Pretendo ajudar de alguma forma a desenvolver o esporte, não mais dentro de quadra, mas fora dela", encerrou.

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Sobre o autor
Felipe Targino
Carioca, 23 anos. Fã de música e futebol. com objetivo de ser Jornalista Esportivo