Prestes a iniciar a última semana de preparação para a Copa do Mundo do Bahamas, que acontece entre os dias 27 de abril e 7 de maio, a Seleção Brasileira de beach soccer reforça os últimos ajustes na areia da praia de Copacabana para buscar o pentacampeonato da competição.
Entrevistado pela reportagem da VAVEL Brasil, o técnico Gilberto Costa comentou sobre como estão os treinamentos nesta reta final de preparação para o torneio.
"Agora é reta final, são detalhes, principalmente essa última semana. Vamos focar nos três primeiros adversários, Taiti, Polônia e Japão. Tivemos um ano e meio de processo, todos eles passaram, estão bem adaptados, a equipe está muito bem. Agora é detalhe. É nos preparamos para essas adversários específicos, que são os que nós sabemos que iremos enfrentar, por enquanto só posso pensar neles", disse.
Ao analisar os adversários da primeira fase, Gilberto apontou em cada um uma característica diferente. Segundo ele, a seleção tem um grupo difícil pela frente.
"O Taiti faz um jogo muito diferente. Eles jogam o tempo todo com o goleiro, é uma equipe que dá bicicleta de todos os lugares da quadra e é muito forte ofensivamente. A Polônia já é muito forte defensivamente. Tem poucas jogadas de ataque, mas são muito bem trabalhadas e eles tem muita força defensiva. O japão é um adversário que a gente tem que ter muita paciência, eles tem um brasileiro que já está lá há sete anos, Osmar. É um adversário forte, não foi tão bem na eliminatória Asiática mas com certeza vai render melhor na Copa", analisou.
A Seleção Brasileira passa por uma renovação em seu elenco. Quando perguntado sobre como o grupo tem encarado essa nova etapa, o técnico respondeu com naturalidade. Para ele, apesar de novos, os atletas já tem boa experiência.
"As pessoas falam em renovação mas na verdade eles são jovens que já tem experiência em quadra. A maioria já jogou uma Copa do Mundo, todos eles jogam na Rússia, Itália, jogam contra os melhores jogadores do mundo. Já tem bastante bagagem, muita experiência. É bom porque eles são novos, então a gente tem uma seleção de muito talento durante muito tempo. Também tem algumas peças experientes exatamente para conduzi-los nessa caminhada", afirmou.
Gilberto também comentou sobre os cortes no elenco. O Brasil começou a preparação com 16 atletas, porém, só 12 podem disputar a Copa do Mundo.
"Hoje nós já treinamos com doze. Os quatro cortados foram, o Fanta, o Rafinha, Nelito e o Lucas. Isso faz parte de um processo. Não é apenas uma convocação, não são 14 dias de treinos que definem quem joga uma Copa. Existe um processo que é construído, no meu caso foi um ano e meio, e tudo que aconteceu nesse período foi analisado. Alguns jogadores tiveram chances de participar do processo. O Lucas por exemplo, ele tem muito potencial, o Nelito teve muitas convocações. Todos eles poderiam jogar a Copa do Mundo. É uma questão de escolher os que foram melhores no processo todo. Mas todos tem capacidade, eu sou muito grato de ter trabalho com eles e deles terem se empenhado ao máximo nesse período", ressaltou.
O técnico frisou que todos os quatro jogadores que foram cortados tem capacidade para estarem em outras convocações.
"Depois da Copa a gente nunca sabe o que vai acontecer. Não sei sei se vou continuar. Mas sim, todos eles tem chances. São jovens, Nelito tem 25 anos, Lucas tem 26, Rafinha 28, Fanta 30, é novo para um goleiro. Todos eles continuam fazendo parte do processo, infelizmente só podem jogar 12, mas todos continuam fazendo parte e certamente serão convocados em um futuro próximo."
Questionado sobre como fazer a seleção manter a invencibilidade de 29 jogos e a hegemonia de seis títulos seguidos, o treinador de 39 anos, que assumiu a equipe no fim de 2015, disse que a única receita para isso é muito trabalho.
"Única forma de permanecer com a sequência é treinando muito. Não tem zona de conforto, a gente sabe que os resultados servem para nos dar confiança, mas não garantem nada para o dia seguinte. Então não há outra alternativa a não ser treinar e treinar muito forte, sempre", encerrou.