Há tempos os fãs da F1 têm criticado os rumos que a categoria vem tomando nos últimos anos. Muito se fala da especulação e ambição por parte de Bernie Ecclestone para levar o “circo” a lugar antes inexplorados e sem tradição no automoblismo. Hoje o dirigente revelou que o mítico circuito de Monza pode não fazer mais parte do calendário da F1.

Ecclestone foi além e admitiu que várias provas em circuitos europeus tradicionais podem sumir. "É possível que a Europa venha a perder algumas corridas em favor dos mercados emergentes", disse ele à revista italiana Panorama. "Se vamos afastar Monza, e eu digo 'se', porque nenhuma decisão foi tomada ainda - seria apenas por razões econômica's. Naturalmente, a qualidade do circuito e a organização também poderiam ser melhores", acrescentou Ecclestone ", mas este não é o ponto crucial."

A F1 tem nos últimos anos migrado para países com pouca tradição no automobilismo e principalmente para circuitos que mais parecem pistas de kart aonde se privilegiou a estética externa do que um traçado desafiador que faça o piloto ter prazer em correr e não andar em uma eterna fila indiana. As medidas atuais como asa móvel, kers, compostos de pneus não seriam necessárias se traçados mais tradicionais estivessem presentes ainda na categoria.

Um dos primeiros a combater estas mudanças foi Damon Hill. O piloto em entrevista ao London Evening Standard afirma que tirar circuitos tradicionais vai matar o esporte. "Sem tirarmos as pistas e principalmente o entusiasmo do povo europeu a F1 morre. O rumo que a F1 está tomando para lugares que só conheceram corridas agora como China, Índia e até os Estados Unidos, vamos morrer em poucos minutos.” E completa "Mas eu não acho que Bernie está interessado no esporte. Ele está interessado no retorno que dá".