O piloto brasileiro Felipe Massa, da Williams, chamou a atenção, após o Grande Prêmio da Austrália, no último domingo (15), para a grande diferença que existe entre a Mercedes e as demais equipes que participam do Mundial 2015 de Fórmula 1.

Com isso, o brasileiro acabou abrindo a suspeita de que a escuderia alemã vem fornecendo motores às suas clientes com qualidade inferior ao daqueles utilizados por Lewis Hamilton, primeiro colocado na Austrália, e Nico Rosberg, ambos pilotos da Mercedes.

"Estamos trabalhando muito com o motor. Tenho certeza que houve melhora e temos de continuar pressionando por isso, porque com certeza a diferença é grande demais", declarou o piloto da Williams.

"Eu realmente espero que a gente tenha o mesmo motor (da Mercedes). E não vejo razão para que isso não aconteça", prosseguiu.

Na corrida que abriu a atual temporada da F-1, em Melbourne, Massa acabou ficando em quarto lugar, depois de ficar para trás em disputa pelo pódio com Sebastian Vettel, da Ferrari, logo após a parada única de box. Na entrevista após o GP, o brasileiro chegou a questionar uma possível ajuda da Mercedes à Ferrari por conta dos supostos motores diferentes das equipes.

"Por que a Mercedes iria querer ajudar a Ferrari, afinal? O que eu sei é que precisamos ter o melhor que eles possam nos dar e vamos trabalhar para isso. Nós sabemos que, cada ponto que conquistamos, conta muito no fim", garantiu.

O saldo negativo da equipe de Massa com relação à Mercedes na classificação foi acima de um segundo e 38s na etapa australiana. Por esta razão, acredita Massa, há algo errado e que a vantagem do time alemão é acima do normal, dizendo ainda que a desigualdade entre as equipes não pode estar apenas na eficiência dos chassis.

"Se nós não temos o mesmo motor, algo que não posso dizer 100% porque é difícil de se afirmar, então temos de brigar para ter, já que não é nada bom não ter", afirmou.

Por fim, Massa demonstrou ceticismo também com relação à melhora significativa da Ferrari. Segundo o brasileiro, o aumento da performance da escuderia italiana pode ser fruto de algum ganho vindo de fora.

"Quem terminou em quinto? A Sauber. De onde eles estavam no ano passado e sem dinheiro para colocar no carro. É uma equipe que não investe tanto, mas eles melhoraram muito, então acho que isso vem de uma parte diferente", disse o brasileiro, que ainda chamou a atenção mais uma vez para a possível vantagem da Ferrari sobre a Williams.

"Se você olhar como acabamos a temporada passada e como eles estão hoje, é um passo enorme, com certeza. Além do tempo de volta, você precisa ver a velocidade. No fim do ano, nós éramos 10, 12, 15 km/h mais rápidos que a Ferrari. Agora, eles estão bem próximos ou talvez um pouco melhor que nós", finalizou.

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Sobre o autor
Bruno Barbosa
Bruno Barbosa estuda Jornalismo no Centro Universitário Módulo. É blogueiro de futebol europeu na Gazeta Esportiva.net e repórter colaborador na VAVEL Brasil. - Blog na Gazeta Esportiva.net: http://www.gazetaesportiva.net/blogs/brunobarbosa/