Assim como na Fórmula 1, que frequentemente é bombardeada por boatos de equipes que estão com data e hora marcada para entre na categoria “máxima” do automobilismo mundial, no Endurance não é diferente.

Ao contrário de rumores, desmentidos categoricamente por Audi e Porsche (apenas para citar os mais comuns), nas provas de longa duração a história é mais ou menos parecida. Com uma diferença, o fabricante não desmente os boatos.

Em entrevista ao site Endurance-info, o diretor da Peugeot Sport, Bruno Famin, afirmou que existe interesse da montadora em voltar para o Endurance, desde que os custos não sejam proibitivos. “O orçamento é o problema”, disse Famin.

“O Presidente da PSA sonha com um retorno da Peugeot para as 24 Horas de Le Mans. Mas para isso existem condições. A PSA precisa de orçamentos baixos. Atualmente é apenas uma ideia e um alvo no horizonte”, disse.

A última participação da marca foi entre os anos de 2007 e 2011. Sendo uma das incentivadoras do WEC, causo comoção na organização do recém criado evento quando decidiu retirar seus carros para a temporada de 2012. O motivo é o velho conhecido do automobilismo, a baixa venda de carros e a crise econômica.

Parece porém que os tempos de abstinência ficaram para trás. No primeiro trimestre de 2016 as vendas aumentaram e a os lucros também. Equipes como Audi e Porsche tem orçamentos superiores a 200 milhões de dólares por ano, a Toyota pouco mais de 100 milhões. Para Fami estes valores ainda não cabem na conta da Peugeot.

“A FIA WEC é um magnífico campeonato com carros bonitos”, disse Famin. “A série é ideal para fabricantes e é muito melhor do que F1. A tecnologia é interessante, bem como o formato. Fabricantes lutam entre si, e nos lembramos dos fabricantes como vencedores mais do que os pilotos, com algumas exceções”, declarou.

A grande resalva diz respeito ao orçamento, que é atualmente muito elevado. Nós só podemos louvar a abordagem da FIA e ACO em reduzir custos. Embora os alemães reduziram seu programa para dois carros em Le Mans, ainda é algo simbólico”.

“Dois terços das equipes de F1 gostariam de ter orçamentos da LMP1.”

Famin admitiu que a Peugeot tinha avaliado a entrada na garagem 56, mas o projeto não vingou. “Garagem 56 é muito interessante para nós e nós pensamos sobre isso logo após a interrupção do programa de 908″, disse ele. “Atualmente, é o conceito que pode servir como um trampolim para LMP1.”

“Peugeot voltará ao endurance correndo no dia em que será possível montar um projeto real com algo por trás disso.”