Nos próximos dias 13 e 27 de novembro, os Grandes Prêmios do Brasil e de Abu Dhabi fecham a temporada de 2016 da Fórmula 1. A disputa pelo título está extremamente acirrada, com a dupla da Mercedes brigando duramente pela taça: Nico Rosberg busca seu primeiro título e lidera o certame com 349 pontos, contra 330 do tricampeão Lewis Hamilton, podendo já ser campeão com uma vitória em São Paulo. Mas o foco atual da categoria não está apenas nessa briga.

O mercado de pilotos também é o mais agitado em muitos anos, com muitas trocas e especulações em várias equipes. Algumas duplas confirmadas já eram mais que esperadas, enquanto outras vieram repletas de surpresa e expectativa. Confira abaixo um resumo, equipe a equipe, de como está a situação dos pilotos e das 11 equipes do certame para a temporada 2017.

- Mercedes:

Lados opostos, mas na mesma equipe; Hamilton (dir.) e Rosberg (esq.) seguem na Mercedes (Foto: Clive Mason/Getty Images)
Lados opostos, mas na mesma equipe; Hamilton (dir.) e Rosberg (esq.) seguem na Mercedes (Foto: Clive Mason/Getty Images)

A melhor equipe da Fórmula 1 de forma disparada desde 2014 não teve problemas para definir a sua dupla de pilotos para 2017. Mesmo se envolvendo em vários problemas dentro e fora das pistas nessas três temporadas, Lewis Hamilton e Nico Rosberg serão companheiros de equipe na escuderia alemã pelo quinto ano consecutivo.

O piloto inglês renovou seu contrato com o time em 2015, com cifras que justificam seus três títulos mundiais: são £40 milhões por ano (aproximadamente R$ 100 milhões) durante três temporadas, fazendo com que ele seja o piloto mais bem pago da Fórmula 1 atual. Já o alemão, muito próximo de conquistar sua primeira taça de campeão do mundo, estendeu seu vínculo com a Mercedes mais recentemente, em julho deste ano, com contrato que vai até o fim de 2018.

O contrato de Nico Rosberg, renovado até 2018 (Foto: Divulgação/Mercedes F1 Team)
O contrato de Nico Rosberg, renovado até 2018 (Foto: Divulgação/Mercedes F1 Team)

- Red Bull:

Max Verstappen (esq.) e Daniel Ricciardo (dir.) continuam na Red Bull (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
Max Verstappen (esq.) e Daniel Ricciardo (dir.) continuam na Red Bull (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

A Red Bull também não teve muitos problemas para manter a dupla de pilotos para o próximo ano. Mas, diferentemente da Mercedes, que já estava em uma situação bastante confortável quanto a isso, apenas durante a temporada viu a situação se consolidar.

Daniel Ricciardo não fez muito mistério e revelou à Sky Sports durante o GP da Europa, nas ruas de Baku, no Azerbaijão, em junho, que irá permanecer na escuderia austríaca (a qual defende desde 2014) até o final de 2018. Mas a outra vaga demorou mais para chegar a essa condição.

Max Verstappen chegou à Red Bull no meio da temporada atual, substituindo Daniil Kvyat, rebaixado à Toro Rosso (satélite da Red Bull) após a confusão que causou na largada de sua corrida da casa, o GP da Rússia, em maio. Com apenas 18 anos, o jovem holandês chegou com muita desconfiança, mas mostrou desempenhos extremamente sólidos, venceu o GP da Espanha (piloto mais jovem a ganhar uma prova na história) e, apesar de muitas especulações envolvendo seu futuro, foi confirmado no time vice-líder do campeonato de construtores para o próximo ano.

A vitória surpreendente na Espanha garantiu a permanência de Verstappen na equipe (Foto: Clive Mason/Getty Images)
A vitória surpreendente na Espanha garantiu a permanência de Verstappen na equipe (Foto: Clive Mason/Getty Images)

- Ferrari:

Kimi Raikkonen (esq.) e Sebastian Vettel (dir.) seguem na Ferrari (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
Kimi Räikkönen (esq.) e Sebastian Vettel (dir.) seguem na Ferrari (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

A Scuderia viveu um ano de especulações, mas no fim, também manteve seus pilotos para 2017. Um deles esteve bem mais tranquilo: Sebastian Vettel, que chegou a Maranello em 2015, possui contrato até o fim do ano que vem, e já existem conversas para uma renovação até 2020. Caso ela aconteça, segundo a imprensa europeia, fará do alemão o piloto mais bem pago da F1, com €100 milhões (aproximadamente R$ 370 milhões de reais) no tempo total, além dos bônus como primeiro piloto.

Já a outra vaga foi motivo de muitas especulações. Dado como aposentado, Kimi Räikkönen viu seu lugar no time ser ligado a vários nomes da categoria, como Sergio Pérez, Valtteri Bottas ou Nico Hülkenberg, mas no fim convenceu seus chefes com os desempenhos sensivelmente melhores do que no último ano e, assim como em 2015, garantiu mais uma renovação de uma temporada – será a sétima com a equipe italiana.

Raikkonen era dado como aposentado, mas os bons resultados o garantiram na Scuderia por mais um ano (Foto: Charles Coates/Getty Images)
Räikkönen era dado como aposentado, mas os bons resultados o garantiram na Scuderia por mais um ano (Foto: Charles Coates/Getty Images)

- Force India:

Sergio Pérez fará a sua quarta temporada pela Force India em 2017 (Foto: Clive Mason/Getty Images)
Sergio Pérez fará a sua quarta temporada pela Force India em 2017 (Foto: Clive Mason/Getty Images)

A Force India, que surpreendeu o mundo da Fórmula 1 e é a quarta melhor escuderia do grid no ano, tornou-se uma opção bastante atrativa para muita gente. Mesmo assim, apenas um dos atuais pilotos segue com o seu assento para a próxima temporada.

E esse piloto é Sergio Pérez. O mexicano era visado por muita gente - não apenas pelos grandes desempenhos na atual temporada, mas também pelo bom patrocínio que carrega das empresas de seu compatriota Carlos Slim, dono de um gigantesco conglomerado de telefonia e quarto homem mais rico do planeta, mas mesmo assim, anunciou que permanecerá para a sua quarta com os indianos, esperando que a equipe se desenvolva ainda mais e traga grandes resultados.

E foi justamente essa expectativa que fez a segunda vaga do time ser disputada a tapa. Com o anúncio de que Nico Hülkenberg deixa a Force India e irá para a Renault, esse posto ficou aberto a vários pilotos, como Carlos Sainz Jr, Kevin Magnussen e Felipe Nasr – este último esteve fortemente ligado à equipe durante um bom tempo. Mas na última quinta-feira (19), veio a confirmação do nome do segundo piloto: Esteban Ocon. O francês de apenas 22 anos, considerado um dos grandes talentos que estão surgindo nas grandes categorias mundiais, foi campeão da GP3 em 2015 e começou o ano como piloto reserva da Manor, assumindo o lugar de Rio Haryanto na segunda metade da temporada.

Esteban Ocon deixa a Manor e será o segundo piloto da Force India (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
Esteban Ocon deixa a Manor e será o segundo piloto da Force India (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

- Williams:

Lance Stroll (esq.) e Valtteri Bottas (dir.) serão os pilotos da Williams (Foto: Divulgação/Williams F1 Team)
Lance Stroll (esq.) e Valtteri Bottas (dir.) serão os pilotos da Williams (Foto: Divulgação/Williams F1 Team)

A Williams também vive a certeza da mudança para 2017. Apesar da brusca queda de rendimento durante o ano, o cockpit da equipe inglesa foi bastante visado por vários pilotos de nome, mas no fim a aposta foi em uma solução diferente, mais jovem e “caseira”.

Valtteri Bottas irá permanecer na escuderia de Grove. Apesar de seu nome ter sido especulado em muitas equipes, especialmente a Ferrari, o finlandês já havia renovado seu contrato no ano passado e ficará na Williams até o fim de 2017, completando cinco temporadas na equipe que, até agora, é a única de sua carreira. A grande surpresa veio com o outro carro.

Isso porque Felipe Massa, que ainda não havia definido se ficaria na Williams ou se iria para outro lugar (foi bastante ligado à Renault), surpreendeu o mundo e anunciou sua aposentadoria da Fórmula 1 ao fim da atual temporada. Com isso, uma das grandes disputas do mercado passou a ser pela segunda vaga da equipe, mas que desde cedo já havia um favorito. E esse favorito se confirmou: Lance Stroll.

O canadense (primeiro na equipe desde Jacques Villeneuve, que curiosamente foi o último campeão mundial da escuderia em 1997) foi campeão da Fórmula 3 Europeia em 2016, e já fazia parte do programa de desenvolvimento da Williams, sendo piloto de testes em Grove. E o apoio não vem só do desempenho: seu pai, Lawrence Stroll, fez fortuna na indústria de roupas e está entre os 1000 homens mais ricos do planeta. Com isso, além de bancar os custos da vaga (aproximadamente R$ 35 milhões), ele conseguiu com que o filho possa testar o carro de 2014 e ainda custeou um novo simulador para a equipe. Mais que o suficiente para o jovem de apenas 18 anos ter o seu lugar garantido.

Stroll foi o campeão da Fórmula 3 Europeia em 2016 (Foto: Divulgação/Lance Stroll)
Stroll foi o campeão da Fórmula 3 Europeia em 2016 (Foto: Divulgação/Lance Stroll)

- McLaren:

Fernando Alonso (esq.) e Stoffel Vandoorne (centro) serão os titulares da McLaren, mas Jenson Button (dir.) permanece na equipe (Foto: Divulgação/Stoffel Vandoorne)
Fernando Alonso (esq.) e Stoffel Vandoorne (centro) serão os titulares da McLaren, mas Jenson Button (dir.) permanece na equipe (Foto: Divulgação/Stoffel Vandoorne)

Uma das equipes mais tradicionais da Fórmula 1, a McLaren não vive um bom momento, sofrendo com o desempenho de seu carro e do motor Honda desde o ano passado. Porém, com uma visível evolução em relação à última temporada e um projeto a longo prazo definido em conjunto com a fornecedora japonesa, a perspectiva é de uma melhora ainda maior para 2017. E para isso, nada melhor do que ter uma dupla de grande talento e que une juventude e experiência.

Fernando Alonso já estava garantido com uma das vagas, com um contrato de três anos que vai até o fim de 2017. Apesar de todas as reclamações públicas que faz do carro e dos resultados da equipe, o espanhol tem conseguido grandes pontuações e manteve-se para o ano que vem. Mas a grande indecisão era sobre o outro piloto.

O posto até então era de Jenson Button, que passou o ano inteiro cercado pelos rumores de uma possível aposentadoria. O campeão de 2009 acabou deixando o cockpit, mas não a equipe: irá trabalhar na parte técnica da McLaren, ajudando no desenvolvimento e no acerto do carro com um contrato até 2018 para qualquer função, significando que ele pode inclusive voltar a ser piloto da escuderia de Woking daqui a dois anos (o que é bem possível, visto que Alonso ainda não se garantiu para os anos seguintes).

Para o seu lugar, veio o belga Stoffel Vandoorne, campeão da GP2 em 2015. Considerado um dos melhores pilotos da atual geração, Vandoorne chegou até a estrear na F1 pela McLaren em 2016. Foi no GP do Bahrein, quando substituiu Alonso (vetado pelos médicos após o assombroso acidente na Austrália) e chegou em 10º, conseguindo seu primeiro ponto na carreira.

Em 2016, Vandoorne correu na Super Formula Japonesa (Foto: Divulgação/Stoffel Vandoorne)
Em 2016, Vandoorne correu na Super Formula Japonesa (Foto: Divulgação/Stoffel Vandoorne)

- Toro Rosso:

Daniil Kvyat (esq.) e Carlos Sainz Jr (dir.) mantém a dupla para 2017 (Foto: Divulgação/Scuderia Toro Rosso)
Daniil Kvyat (esq.) e Carlos Sainz Jr (dir.) mantém a dupla para 2017 (Foto: Divulgação/Scuderia Toro Rosso)

Das equipes consideradas médias do grid, a Toro Rosso foi a única que manteve a dupla de pilotos intacta para o próximo ano. Mas isso não deixou de ser uma surpresa. Não por causa de Carlos Sainz Jr, que vem fazendo uma boa temporada e teve sua cláusula de renovação de contrato ativada, sendo garantido por mais um ano, mas sim pelo seu companheiro de equipe.

Daniil Kvyat certamente viveu a maior montanha russa da temporada. Começou na Red Bull e ia bem, conquistando um pódio na China (terceira corrida do ano), mas de repente tudo mudou. Ao provocar um acidente na largada da prova seguinte, na Rússia – curiosamente, sua corrida da casa – e tirar Sebastian Vettel da prova na segunda curva, a equipe austríaca tomou uma dura decisão: rebaixa-lo à Toro Rosso, equipe satélite na qual esteve em 2014 e 2015.

Visivelmente abalado, o russo esteve longe de seu melhor desempenho e se envolveu em vários problemas e acidentes. E enquanto isso acontecia, cada vez mais era dado como certo para o seu lugar o nome do francês Pierre Gasly, promissor piloto da Academia de Jovens da Red Bull. Porém, após as férias de verão, Kvyat voltou mais calmo e concentrado, conseguiu resultados importantes e teve sua vaga garantida para 2017, algo que parecia completamente improvável. Porém, agora ele já sabe que qualquer passo em falso pode significar sua queda definitiva da equipe, e talvez da categoria.

Apesar dos vários problemas e de um rebaixamento em 2016, Kvyat permanece na Toro Rosso (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
Apesar dos vários problemas e de um rebaixamento em 2016, Kvyat permanece na Toro Rosso (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

- Haas:

Romain Grosjean permanecerá como primeiro piloto da Haas (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
Romain Grosjean permanecerá como primeiro piloto da Haas (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

A equipe americana, novata em 2016, promete usar a experiência conquistada no ano de estreia para fazer bom uso das novas regras e conseguir um desempenho melhor na próxima temporada. E para isso, deve promover uma mudança na dupla de pilotos – ainda não foi confirmada, mas já está praticamente certa.

Romain Grosjean é quem irá permanecer na escuderia. O francês veio da Renault (ainda como Lotus em 2015) e conseguiu grandes desempenhos, especialmente no começo da temporada com um sexto lugar na Austrália e um quinto no Bahrein. Para o francês, apesar de ter feito duras críticas à situação de seu carro durante a temporada (especialmente após o GP de Cingapura), a opção é bastante atrativa, não só pela perspectiva de melhora do time, mas também por ter uma situação mais facilitada em uma possível ida para a Ferrari no futuro (os italianos fornecem motores aos americanos).

Já a segunda vaga é a que deve ver mudanças. Apesar do forte patrocínio mexicano, Esteban Gutiérrez faz um ano muito ruim e deve ficar sem seu assento para 2017. E segundo várias fontes europeias, incluindo algumas bem fortes como o site Motorsport.com e a rede de TV BBC, seu substituto já está definido: é Kevin Magnussen, que atualmente está na Renault. O dinamarquês, que está na sua segunda temporada na F1 (correu pela McLaren em 2014), deve assinar um contrato de dois anos e migrar para a Haas a partir do ano que vem, superando nomes fortes que eram especulados, como Esteban Ocon e Felipe Nasr.

Kevin Magnussen é dado como certo para a segunda vaga da equipe americana (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
Kevin Magnussen é dado como certo para a segunda vaga da equipe americana (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

- Renault:

Nico Hülkenberg sai da Force India e vai para a Renault, em uma das principais transações do mercado (Foto: Divulgação/Nico Hülkenberg)
Nico Hülkenberg sai da Force India e vai para a Renault, em uma das principais transações do mercado (Foto: Divulgação/Nico Hülkenberg)

Certamente a Renault foi uma das equipes que mais movimentou e influenciou no mercado de pilotos. Apesar de ter feito um ano de 2016 muito ruim, as perspectivas são boas para as próximas temporadas, com as mudanças de regras e o dinheiro e a capacidade que uma montadora forte como a francesa traz para investir de forma pesada no desenvolvimento da equipe.

A mudança na equipe veio em apenas um dos carros: com a saída quase certa de Kevin Magnussen para a Haas, Nico Hülkenberg foi contratado da Force India para um “contrato de longa duração”. Considerado um dos melhores pilotos da nova geração, Hülk já irá para a sua sétima temporada na Fórmula 1, mas pela primeira vez terá uma chance em uma grande equipe de fábrica, tendo todo o suporte necessário para mostrar o seu talento na pista e tentar garantir a tão sonhada vaga em uma grande escuderia no futuro.

Já a segunda vaga permanece com Jolyon Palmer, mas não deixa de ser uma grande surpresa. Com um desempenho péssimo do britânico na primeira metade da temporada e pilotos como Felipe Nasr e Esteban Ocon sendo altamente ventilados à equipe, a demissão do piloto do #30 era praticamente certa. Porém, o campeão da GP2 em 2014 melhorou seu desempenho na parte final do ano - chegando a conquistar seu primeiro ponto, na Malásia - e convenceu a Renault de que deve ficar por mais um ano, tendo sua renovação anunciada apenas na última quarta-feira (9) e frustrando um grande número de pilotos interessados nesse assento.

A equipe francesa surpreendeu e confirmou a permanência de Jolyon Palmer (Foto: Lars Baron/Getty Images)
A equipe francesa surpreendeu e confirmou a permanência de Jolyon Palmer (Foto: Lars Baron/Getty Images)

- Manor:

Pascal Wehrlein é quem deve seguir na Manor (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
Pascal Wehrlein é quem deve seguir na Manor (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

A equipe inglesa conseguiu evoluir a ponto de sair do posto de pior equipe do grid em 2016, mas ainda não tem nenhum piloto garantido para o próximo ano. O diretor de corridas da escuderia, David Ryan, já garantiu que não tem pressa para definir uma possível nova dupla, e que não exigirá a permanência de seus dois pilotos na equipe, apesar de elogiar o "grande trabalho" feito na temporada.

A primeira vaga deve permanecer com Pascal Wehrlein. O alemão de 22 anos, considerado um campeão do mundo em potencial e bancado pela Mercedes, deve permanecer na Manor por mais um ano, enquanto o time inglês, em troca, seguirá recebendo motores da marca alemã. Wehrlein se destacou na atual temporada, mesmo com um carro ruim, e conquistou o único ponto da escuderia no ano, com um 10º lugar no GP da Áustria.

Já a segunda vaga ainda está em aberto. Com a saída de Esteban Ocon para a Force India, alguns nomes estão de olho nesse assento. Pilotos como Felipe Nasr e Rio Haryanto (que esteve na equipe até a metade da temporada, mas o corte do patrocínio por parte da petrolífera da Indonésia encerrou suas chances) são especulados, mas a tendência é que o posto sobre para Jordan King. O britânico de 22 anos, que também é considerado um bom nome entre os mais jovens, foi campeão do Europeu de Fórmula 3 em 2014 e é o quinto colocado na atual temporada da GP2, com uma rodada dupla restante (Abu Dhabi, 26 e 27 de novembro).

Piloto de testes da Manor, Jordan King é favorito para a segunda vaga na Manor (Foto: Alex Caparros/Getty Images)
Piloto de testes da Manor, Jordan King é favorito para a segunda vaga na Manor (Foto: Alex Caparros/Getty Images)

- Sauber:

Líder da equipe em 2016, Marcus Ericsson está muito perto da permanência (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
Líder da equipe em 2016, Marcus Ericsson está muito perto da permanência (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

A tradicionalíssima Sauber chegou ao fundo do poço em 2016, assumindo o posto de pior equipe do grid da Fórmula 1. Com problemas financeiros pesados e o desenvolvimento totalmente atrasado, o time suíço não marcou nenhum ponto em 19 corridas da atual temporada. Mesmo assim, ao que tudo indica, a dupla de pilotos não deve ter seus empregos afetados com essa situação.

Marcus Ericsson tem uma situação mais tranquila. Ganhando de forma consistente a disputa interna com seu companheiro, o sueco ainda não renovou o contrato, mas já afirmou publicamente que a equipe é uma opção “atrativa”. Além disso, o Longbow Finance, grupo de investidores que comprou o time em julho, possui sede na Suécia, o que o ajuda em uma possível permanência na escuderia.

Já Felipe Nasr viveu altos e baixos durante o período de especulações. O brasileiro, que possui um forte patrocínio do Banco do Brasil, esteve ligado a várias equipes e chegou a ser dado como certo para ocupar possíveis vagas na Force India ou na Renault. Porém, com as portas se fechando de forma gradativa, o piloto do #12 vê na Sauber quase que uma última opção para permanecer na F1. Ele já declarou que vê o time em um caminho de “mudanças positivas” e possivelmente irá renovar seu contrato por mais um ano.

Envolvido em várias especulações, Nasr acaba vendo a Sauber como chance principal em 2017 (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
Envolvido em várias especulações, Nasr acaba vendo a Sauber como chance principal em 2017 (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

Com várias mudanças e muitas especulações, a Fórmula 1 mostrou que, esse ano, as disputas não se resumiram apenas à pista, e a promessa é de um grid com alto nível técnico na temporada de 2017.

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Sobre o autor
Eduardo Costa
Fã de quase todos os esportes, e sofrendo com todos os seus times neles. Dissertando um pouco sobre Fórmula 1, futebol inglês e futebol alemão.