Depois de não conseguir uma boa classificação, por estar no grupo que enfrentou chuva forte no sábado (21) no Velopark, em Nova Santa Rita (RS), não passar o final de semana em branco já foi motivo para celebrar para o piloto Rafael Suzuki, da equipe Bardahl Hot Car. Largando em 21º, o piloto completou a corrida 1 em 16º e, na segunda prova, finalizou em 11º, marcando dois pontos.

Já o companheiro Guilherme Salas, que teve problemas no câmbio do carro e não pode participar do classificatório, largou do final do grid e acabou não completando as corridas da terceira etapa da Stock Car. Cacá Bueno foi o vencedor da bateria inicial e Daniel Serra venceu a segunda prova e manteve a liderança, com 80 pontos, 15 a mais que Bueno, o vice-líder.

Num traçado curto e muito difícil de ultrapassar, Suzuki já esperava dificuldades na etapa. O piloto, que na sexta-feira ficou em segundo nos treinos livres, viu suas chances de poder brigar entre os líderes ir embora, após a chuva que caiu no classificatório e não permitiu que nenhum piloto do grupo 2 passasse para o Q2.

“Na primeira corrida, eu larguei bem, mas levei uma batida muito forte no hairpin, na última curva, e meu extrator quebrou. Isso prejudicou toda a aerodinâmica do carro e não tínhamos ritmo. Tive de fazer toda a corrida 1 sem essa peça e foi um sufoco para ficar na pista, pois o carro era muito desiquilibrado em virtude disso e acabamos não marcando pontos”, comentou o piloto que nas duas etapas iniciais ficou entre os 10 melhores.

“Na corrida 2, o Amadeu (Rodrigues, chefe da equipe) remediou o problema muito bem. Ele viu que o carro estava danificado e colocou mais aerodinâmica, mais asa, fez o carro ficar mais no chão e o carro era outro. No começo da prova, com os mesmos pneus que acabaram a primeira corrida, o carro rendia muito melhor. Consegui subir de 17º para décimo”, lembrou o piloto do Stock #8.

“No pit, acabei perdendo posições por causa da estratégia. Tivemos de colocar mais combustível, mas fomos pra cima e somar alguns pontos é muito bom para não passar o fim de semana em branco”, continuou Suzuki.

“Sem dúvida, o azar que a gente deu na classificação comprometeu, pois é uma pista muito difícil de largar bem, ultrapassar muitos carros e, largar na confusão, é sempre mais complicado. Mas tudo bem, não passamos em branco o fim de semana. Adquirimos muitas informações, vamos estudar tudo junto com a equipe, porque Londrina já está ai”, completou o paulista, lembrando que dentro de 15 dias a Stock Car realizará sua quarta etapa na pista paranaense.

Já o companheiro Guilherme Salas não teve a mesma sorte e, mais uma vez, não marcou pontos. O piloto, que na etapa passada foi obrigado a abandonar após um acidente com Valdeno Brito, que foi excluído da corrida, largou no final do grid, depois de ter problemas no câmbio do Stock #117 nos treinos de sábado.

Sem participar da tomada, a equipe trabalhou até de madrugada para deixar o carro pronto para as corridas. “Foi um fim de semana, que começou muito bem na sexta-feira (o piloto foi sexto em um dos treinos livres), mas no sábado passamos a ter problemas e não pudemos classificar”, disse o piloto de Jundiaí, no interior de São Paulo.

“Hoje, antes da largada, tivemos um problema no sistema de elevação do carro, o que prejudicou as nossas paradas e as possibilidades de termos bons resultados nas corridas”, contou.

“Agora precisamos analisar tudo, trabalhar duro, pois Londrina já é daqui 15 dias para ir com força total. Estamos num lugar no campeonato onde não deveríamos estar, então vamos tentar reverter isso em Londrina”, finalizou Salas.