A sexta temporada da Fórmula E está paralisada desde o início de março, por causa da pandemia de COVID-19. Após o ePrix de Marraquexe, que foi a quinta etapa do campeonato, os carros da categoria foram levados para o circuito espanhol Ricardo Tormo, em Valência, onde estão até o momento.

O site britânico The Race revelou alguns dias atrás que a Fórmula E estuda a possibilidade de retomar o campeonato no Reino Unido, ao final de julho, e por conta disso, já deu início as discussões sobre a logística envolvendo os monopostos elétricos.

O correto será transportar os carros para as sedes das equipes, antes de retomar as corridas. Por isso, está sendo discutido a possibilidade de ser realizado o transporte no início de junho, mas tudo dependerá da quantidade de funcionários da DHL (parceira oficial da categoria) disponíveis para coordenar efetivamente a operação.

De acordo com uma recente publicação do The Race, algumas equipes já manifestaram preocupação sobre a condição de seus monopostos durante este período de paralisação. Porém, uma possível degradação do hardware não é exatamente um problema significativo.

Embora todos os equipamentos estejam lacrados em contêineres, várias equipes acreditam que alguns componentes já devem ter sofrido algum tipo de corrosão, e precisarão ser trocadas, o que de certa forma já era comum durante o transporte no decorrer de temporadas anteriores.

As unidades de armazenamento de energia, fornecidas pela McLaren Applied Technologies, são embaladas com um estado mínimo de carga e possuem bolsas dessecantes com uma substância higroscópica para mante-las secas, funcionando como um sensor de umidade.

O que causa maior preocupação por parte das equipes são os kits de propulsores, mais suscetíveis à corrosão pela umidade. O motor, o inversor e a caixa de engrenagens dos clusters do trem de força da Fórmula E são lacrados pela FIA para a temporada, com as equipes autorizadas a usar dois de cada um durante o campeonato.

Por enquanto, tudo está no campo da especulação, nada foi definido pela Fórmula E oficialmente. De qualquer forma, os planos cogitados é de pelo menos realizar mais três etapas para atingir o número de provas necessários para a temporada ser validada (oito corridas no total). E com certeza, os carros serão devolvidos para as equipes a tempo de substituírem qualquer peça que tenha sofrido algum tipo de decomposição.