Mais do que atrás do título, Lewis Hamilton está em busca de recordes em 2020. Um deles foi obtido no GP da Hungria deste domingo (19). O inglês conquistou a oitava vitória em Hungaroring e igualou o recorde de triunfos em um só local. Antes, apenas o alemão lendário Michael Schumacher conseguiu tal número em Magny-Cours, onde aconteceu o GP da França entre 1991 e 2008.

A vitória foi conquistada com mais um desempenho irrepreensível do inglês ao longo de todo o fim de semana. Conquistou a pole position e superou as adversidades de uma largada cheia de mudanças de posição. No final, ainda conseguiu tempo para trocar os pneus apenas para cravar a volta mais rápida - e teve sucesso.

Largada embaralha corrida

Antes mesmo da largada, por sinal, uma mudança no grid. Os dois carros da Haas trocaram de pneus na volta de apresentação e largaram dos boxes. No final da segunda volta, já apareciam na terceira e na quarta colocação.

Se Hamilton manteve a posição, Bottas, também da Mercedes e que alinhou em segundo, caiu para a sexta posição. Lance Stroll assumiu a segunda vaga, com Verstappen e as duas Ferraris atrás. 

Logo na primeira volta, porém, Leclerc e o próprio Bottas fizeram um pit stop. Ambos colocaram pneus slicks para o primeiro stint da corrida. A opção uniria duas corridas que se mostraram decepcionantes. 

Nuvens pretas cobriam o céu de Hungaroring e a chuva foi uma ameaça constante. Ela até chegou a cair no meio da corrida, mas não mostrou ser um fator desequilibrante.

(Foto: Divulgação/F1)
Chuva sempre por perto de Hungaroring (Foto: Divulgação/F1)

Na quarta volta, o grande incidente da corrida. Ao parar para trocar pneus, Carlos Sainz atingiu o pneu de Nicholas Latifi, que rodou na curva seguinte. Os dois pilotos, muito por conta da atitude das respectivas equipes no pit stop, foram punidos. 

Lance Stroll, outro que largou mal, foi o primeiro a ultrapassas a Haas de Romain Grosjean na volta sete. Ele ultrapassaria Kevin Magnussen, porém, apenas na 16ª volta. Enquanto isso, Bottas escalava posições, tentando retomar os postos perdidos na péssima largada.

Quem também não conseguiu ter rendimento foi Charles Leclerc. Se o monegasco largou bem e chegou a ocupar os cinco primeiros lugares após a largada, não conseguiu extrair o melhor da Ferrari — enquanto Sebastian Vettel ficou no sexto posto (mesmo, mais uma vez, saindo da pista ao tentar atacar Alexander Albon). O jovem sequer trouxe pontos para casa, terminando em 11º.

Como esperado, as duas Haas, por sinal, finalizaram as corridas em posições bem aquém as que começaram. Mas Magnussen salvou dois pontos, terminando a corrida em um honroso nono lugar.

Fator chave da prova: paradas

As paradas nos pit stops foram um fator determinando a partir da volta 40. A Mercedes colocou Bottas e Hamilton de pneus médios, enquanto a Red Bull foi com compostos duros com Max Verstappen. Logo de cara, o finlandês tirou Lance Stroll do caminho enquanto a Racing Point fazia o pit stop. 

Com caminho livre e com o rival com pneus mais duros, esperava-se um confronto direto entre Verstappen e Bottas - o que não aconteceu, já que o finlandês chegou para valer no adversário apenas na última volta. 

A prova teve, porém, boas disputas. Alexander Albon não tomou conhecimento de Vettel e assumiu a quinta colocação. Mais atrás, Carlos Sainz suou para ganhar o último posto nos pontos de Charles Leclerc. Ambos serão companheiros na Ferrari em 2021. 

Confira a classificação final do GP Hungria 2020

Nos pilotos, Lewis Hamilton assumiu a ponta, com 63 pontos. Logo atrás aparece Valtteri Bottas, 58. Bem distante, Max Verstappen tem 33. Já nos construtores, a vantagem é ainda mais larga. A Mercedes soma incríveis 121 pontos, contra 55 da Red Bull. McLaren e Racing Point aparecem empatadas em terceiro, com 40. 

Após três finais de semana consecutivos com provas, a Fórmula 1 descansa no próximo domingo. Daqui quinze dias, porém, acontece o tradicionalíssimo GP Inglaterra, em Silverstone.