A manhã do domingo (12) na Mercedes teve um misto de sensações. Em Abu Dhabi, no último Grande Prêmio da temporada 2021 da Fórmula 1, Lewis Hamilton deixou seu time entusiasmado quando engoliu Max Verstappen logo na largada. Porém, o clima virou velório na equipe quando o mesmo Lewis foi ultrapassado na última volta pelo holandês após Safety Car. Então, a Mercedes decidiu protestar na FIA contra os procedimentos no período de Safety Car nas voltas finais da prova. E por volta das 16h10 do domingo, a entidade máxima da categoria negou os protestos e manteve o título do holandês da RBR.

Campeã entre as construtoras, mas vice com Hamilton entre os outros, a Mercedes decidiu também não se pronunciar sobre o assunto, até o momento. O chefão Toto Wolff optou por se ausentar da coletiva de imprensa que normalmente concede logo após cada corrida. Hamilton também fez o mesmo e ficou de fora da entrevista que contou com Verstappen, vencedor em Abu Dhabi, e com Carlos Sainz, terceiro colocado do domingo.

Hamilton falou

O heptacampeão já havia conversado rapidamente com a F1 assim que a corrida acabou. Mesmo com a rivalidade sendo forte, elogiou o campeão de 2021.

"Primeiramente, parabéns ao Max e à equipe dele. Mas acho que nós também fizemos um trabalho incrível em 2021. Minha equipe, o pessoal da fábrica. Todos os homens e mulheres do time que trabalharam tão duro para a gente chegar até aqui. Foi a mais difícil das temporadas, e estou orgulhoso deles, então estou grato por ter feito parte desta jornada. Demos tudo na última parte da temporada, demos absolutamente tudo e não desistimos. E isso é o mais importante", salientou Hamilton.

Alegações do protesto da Mercedes

A primeira alegação da montadora alemã é de que Max Verstappen violou o Artigo 48.8 do código esportivo da FIA, que proíbe que pilotos ultrapassem sob período de Safety Car.

A segunda alegação alemã é uma suposta violação do código 48.12, que fala sobre os retardatários durante de Safety Car, já que Lando Norris, Fernando Alonso, Esteban Ocon, Charles Leclerc e Sebastian Vettel foram autorizados a ultrapassarem os líderes e o Safety Car, porém a corrida foi reiniciada sem o espaço de uma volta para que o pelotão fizesse o esforço de se aproximar.

O carro de segurança foi posto na pista após batida de Nicholas Latifi, da Williams, nas voltas finais. Depois de limpar o local da batida, a relargada do GP de Abu Dhabi só foi autorizada na última volta, e Verstappen, com pneus mais novos, viu sua desvantagem de 11 segundos se evaporar e passou o então líder Lewis Hamilton e conquistou o título mundial da Fórmula 1.

Vale lembrar que a direção de prova chegou a anunciar que os retardatários não poderiam ultrapassar os líderes e o Safety Car, recuperando a volta que tinham tomado, mas na volta seguinte, foi informado que seis pilotos poderiam fazer o movimento, e executaram, deixando Max coladinho com Lewis. Foi justamente essa mudança na decisão que gerou a insatisfação da Mercedes.