A Mclaren poderá voltar às 24 horas de Le Mans. Este é um desejo do novo presidente da marca inglesa, Zak Brown, que está mudando consideravelmente as estruturas da esquadra de Woking. E a volta seria concretizada através de um possível programa GTE, o qual atualmente conta com a presença, em Le Mans, de montadoras como Porsche, Ferrari, Ford e Aston Martin.

“Já fomos campeões em Le Mans, e essa corrida marcante na nossa história. Parte do meu trabalho é decidir onde a McLaren deve competir. Voltar às 24 Horas de Le Mans é algo que temos em mente e estamos discutindo. Pessoalmente, eu adoraria voltar a correr em Le Mans, e tenho certeza de que não sou o único com essa concepção”, opinou.

Pela lógica, a Mclaren regressaria através de um programa GTE por motivos históricos, já que a vitória do time em 1995 foi com a Mclaren F1 GTR, e também atualmente a marca de Woking tem conquistado grande sucesso no certame dos GT3, vencendo a Blancpain Endurance Series e as 12 horas de Bathurst em 2016. Porém, quando perguntado se a volta seria através de um projeto LMP1, Brown respondeu: "nunca diga nunca". 

Para concretizar a empreitada, a Mclaren precisa resolver qual a divisão ficaria responsável por desenvolver o novo projeto. Brown disse que estava "a ser determinado" quem desenvolveria o GTE: a divisão principal ou a Mclaren GT,  a companhia independente e de auto-financiamento que produziu os bólidos GT3 e GT4 da fábricante desde 2011.

O chefe da McLaren GT, Andrew Kirkaldy, no entanto, enfatizou repetidamente que sua empresa precisaria do apoio do Grupo Mclaren para desenvolver um carro para a divisão GTE, dominada pelas fábricas, diferente dos seus programas de clientes GT3 e GT4. "Houve discussões, mas não posso dizer muito. A esperança é que estaríamos envolvidos", disse ele. 

A McLaren GT tem contratos em andamento a qual é responsável pela expansão e otimização dos projetos 650S GT3 e do 570S GT4.

Uma versão GTE do MP4-12C GT3 estava nos planos em 2012, com o desenvolvimento pleno a começar em 2013. Mas, o programa foi arquivado depois que a FIA, o promotor de WEC o Automobile Club de l'Ouest lançaram uma proposta mal sucedida de unificação dos regulamentos GTE e GT3.