A última etapa e grande final da temporada 2017 da  Stock Car acontece neste final de semana, no tradicional circuito de Interlagos, em São Paulo (SP). Sem o formato da disputa com rodada dupla, a prova terá 40 minutos de corrida com parada de box e troca de pneu obrigatória e terá a pontuação dobrada.

Para a Cavaleiro Sports, o momento é de fechar o ano com chave de ouro, já que o time teve uma temporada de destaque, inclusive com o pódio de Rafael Suzuki, na terceira posição em Buenos Aires.  "Correr em Interlagos é sempre muito bom, uma pena que nessa temporada só correremos uma vez. Corrigimos algumas coisas da etapa de Goiânia e acredito que estaremos rápidos como estivemos em todo o ano. Por ser uma prova única e valer pontos dobrados, temos que classificar bem pensando em acabar a temporada com mais um bom resultado", analisou o piloto do carro #08.

Companheiro de Suzuki, Felipe Lapenna também quer brigar por um bom resultado. "A corrida em Interlagos é a mais esperada do ano. Todo mundo adora correr lá, ainda mais depois da F1, onde tudo recebe melhorias. Para mim ainda é em casa. Minha família e amigos vão e nessa etapa ainda terei a visita especial do meu afilhado, que também se chama Felipe Lapenna e ele estará vestido a caráter, com um macacão igual ao meu. Ele tem dois anos de idade e vai me assistir. Por tudo isso vou tentar fazer o meu melhor na última do ano", explicou o paulista.

Diego Nunes faz homenagem especial a Nelson Piquet

(Foto: Divulgação)
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O final da temporada de 1987 foi um dos maiores momentos da história brasileira na Fórmula 1. Naquele ano, Nelson Piquet se tornaria o primeiro piloto do país a sagrar-se tricampeão mundial da categoria máxima do esporte a motor. O feito será lembrado no próximo domingo, quando a equipe Hero Motorsports fará uma homenagem especial à conquista de Piquet: o Stock Car de Diego Nunes disputará a última etapa do campeonato, em Interlagos, usando o mesmo padrão gráfico e cores do Williams FW11B/Honda de Nelson Piquet. O Stock da Hero também terá o número 87, em menção ao ano do tricampeonato. “Se esse número me der sorte e eu vencer a prova, troco o 70, que uso há anos, pelo 87 definitivamente”, prometeu Diego Nunes. A largada da última etapa da Stock Car em 2017 acontece às 10h05, com transmissão ao vivo pela Rede Globo e Sportv.

Em 1987, o Brasil vivia uma febre pela Fórmula 1. Ayrton Senna já vencia corridas, mas seria campeão apenas no ano seguinte – dando sequência à era brasileira na categoria. Piquet chegou ao tricampeonato no GP do Japão, em Suzuka, depois de uma longa e intensa guerra psicológica com seu parceiro Nigel Mansell, o piloto preferido do corpo técnico da Williams. Diante da desvantagem dentro do box, Piquet iniciou uma estratégia solitária. Não media esforços para desestabilizar Mansell psicologicamente e também induzia a equipe a usar acertos de carro incorretos, pedindo para que os ajustes apropriados fossem feitos diretamente no grid ou instantes antes da largada. O Leão, como Mansell era chamado pelos britânicos, não aguentou a pressão. Acabou batendo forte no sábado, antes da corrida, sendo obrigado a não disputar a prova. O fato automaticamente deu o título a Piquet.

Diego Nunes tinha apenas um ano de vida em 1987. “Nelson Piquet foi um dos pilotos mais completos de todos os tempos. Era veloz, inteligente, criativo e estratégico. E talvez tenha sido o melhor acertador de carros de corrida que a Fórmula 1 já viu. Às vezes eu o encontro nos autódromos. Olho e fico imaginando que aquele cara era o máximo. Um super piloto, um herói. Sempre dá vontade de ir lá e pedir uma aula”, brinca o piloto, que tem o apoio da Harald, Petronas, Vigor e Nutry. “Sou fã de carteirinha. E estou extremamente feliz por ter sido o escolhido para pilotar o carro que vai homenagear o tricampeonato do Piquet. Sei que o número 87 vai me dar sorte! E acho que falo em nome de todos: novamente, obrigado pelo legado e pelas histórias que você deixou para todos nós, Nelsão”. Diego é da mesma geração e também amigo pessoal do filho do tricampeão, Nelsinho Piquet, exatamente um ano mais velho que o piloto da Hero Motorsports.

Hot Car terá carros "que mudam de cor" na última etapa da temporada em Interlagos

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(Foto:Divulgação)

 Para celebrar o final de mais uma temporada, a equipe Hot Car Competições (Promax Bardahl) e uma de suas patrocinadoras, a Avery Dennison, multinacional fabricante de materiais para rótulos e comunicação visual, apresentarão uma grande novidade nos carros dos pilotos Sérgio Jimenez e Guga Lima, que terão um efeito “camaleão”.
 
A ação traz os carros da dupla envelopados com o Colorflow Supreme Wrapping Film da Avery Dennison, que permite aos seus clientes ter um carro fora do comum. O material transforma qualquer veículo numa verdadeira obra de arte. A tonalidade vibrante muda de cor com a luz do ambiente e o movimento dos carros.
 
Nesta temporada, a equipe e a Avery Dennison já haviam realizado ações com diferentes envelopamentos, com destaque para “As Joias das Pistas” na Corrida do Milhão, onde os carros foram envelopados em prata e dourado.
 
“O material é surpreendente. Os carros ficaram lindos e, dependendo do anglo que você olha, está de uma cor. Estou ansioso para vê-los em movimento na pista. O acabamento deste envelopamento é perfeito e, mais uma vez, gostaria de agradecer a Avery Dennison por nos apoiar nesta ação de encerramento da temporada”, declarou o chefe da equipe Amadeu Rodrigues.
 
A partir desta sexta-feira (8), Jimenez e Lima já estarão no autódromo, onde participam dos primeiros treinos livres. “Vamos para a última etapa com o objetivo de encontrar um bom acerto para o carro e ter um melhor desempenho. Queremos terminar a temporada com um bom resultado”, declarou Jimenez.
 
Guga também enfatiza as palavras do companheiro. “Vamos para Interlagos com gás, para tentar fazer uma pontuação boa. Foi um ano difícil, mas estou sempre de cabeça erguida, com vontade de trabalhar e fazer o melhor, sem desanimar. Vamos pra cima”, destacou o piloto que, no ano passado, foi o oitavo na última etapa da Stock em São Paulo.
 
“Gosto de Interlagos, é um templo por sua história no automobilismo brasileiro e sempre temos boas disputas. Vamos trabalhar forte pra fechar o ano com chave de ouro”, finalizou o piloto mais jovem da Stock Car, com 21 anos.