Sebastien Vettel e Lewis Hamilton são rivais diretos na briga pelo título da temporada 2017 da Fórmula 1. Este é o cenário desenhado após as duas primeiras corridas do ano, em que Ferrari e Mercedes apresentaram nível semelhante de competitividade - tanto é que os pilotos, com uma vitória e um segundo lugar cada, estão com pontuação idêntica na tabela. 

Tratam-se de dois dos pilotos mais vitoriosos que a F1 já viu: estatisticamente falando, ambos já ocupam posição entre os maiores de todos os tempos nos mais importantes quesitos, o que pode ficar ainda mais em evidência ao longo das vitórias que devem vir na temporada de 2017.

Vettel: O campeão precoce

(Foto: Divulgação)
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Em 2010, tornou-se o mais jovem campeão da história da Fórmula 1, correndo pela Red Bull, equipe campeã de construtores também na mesma temporada. No ano de 2011, conquistou o terceiro lugar no GP do Japão, o que foi suficiente para que se tornasse, aos 24 anos, o mais jovem bicampeão da história. 2012, tornou-se o mais jovem tricampeão mundial da, e em 2013, tornou-se o mais jovem tetracampeão mundial aos 26 anos de idade.

Em 2014 a Ferrari anunciou a sua contratação por três temporadas, substituindo Fernando Alonso, a partir de 2015. Sua primeira vitória pela nova equipe veio no GP da Malásia. Com a vitória no GP de Singapura, sua 42ª conquista, superou Ayrton Senna e, no momento, tornou-se o terceiro maior vencedor da história da categoria.

Hamilton: Uma máquina

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Lewis Hamilton, tricampeão mundial da Fórmula 1. Em 2008, 2014 e 2015. Podemos dizer que o britânico é uma máquina. No final de 2006 foi anunciado pela McLaren como o piloto da equipe para a temporada 2007, onde correu ao lado do bicampeão de 2005 e 2006 Fernando Alonso. Em 2013, mudou-se para a Mercedes. Em 2008 Hamilton consagrou-se campeão Mundial da ao ficar em quinto lugar no GP do Brasil. Hamilton entrou para a história como o mais novo campeão de todos os tempos, aos 23 anos, além de ser o primeiro negro campeão na Fórmula 1.

A briga

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Por que Hamilton não foi punido?

Durante períodos de Safety Car, os pilotos não podem ficar a uma distância maior de o equivalente a 10 carros um do outro, o que inclui o líder em relação ao carro de segurança. Para o alemão, o inglês fizera um brake test, ou seja, teria freado fora de hora para provocar uma batida. “Sabemos que o líder dita o ritmo, mas estávamos saindo da curva. Ele estava acelerando e depois freou tanto que eu freei assim que vi e ainda não consegui parar o carro a tempo. Acho que foi desnecessário.”

É aí que entra a análise da telemetria da FIA, feita durante a prova e decisiva para que apenas Vettel fosse punida. Os comissários verificaram que Hamilton apenas deixa de acelerar na saída da curva, algo que tem direito a fazer, e veem ainda que o inglês havia se comportado exatamente da mesma forma na relargada anterior.

Por que Vettel levou um stop and go?

Hamilton ainda estava na pista quando mandou um recado direcionado ao diretor de prova, Charlie Whiting. “Um stop and go de 10s é muito pouco para uma manobra como esta e você sabe disso, Charlie”, disse o inglês.

 Vettel foi punido porque, depois de tocar a traseira da Mercedes, no que acreditou ser um brake test do rival, colocou seu carro lado a lado com Hamilton e o atingiu enquanto gesticulava, reclamando do inglês. O piloto da Ferrari foi enquadrado no artigo 27.4 do regulamento esportivo: “Em momento algum um carro pode ser pilotado de maneira que possa ser potencialmente perigosa para os demais”.

Nos bastidores da F-1, corre a informação de que o piloto da Ferrari esteve muito perto de receber a bandeira preta, ou seja, de ser desclassificado. Como Hamilton (5º) acabou terminando atrás de Vettel (4º), uma vez que teve de fazer uma parada não programada no box para fixar o descanso de capacete que ficara solto após a relargada, o alemão acabou saindo de Baku com 14 pontos de vantagem no campeonato.

Massa, pódio de novato e vitória de Ricciardo

O GP de Baku, no Azerbajão, foi palco de uma verdadeira corrida maluca da Fórmula 1. Teve tensão, bandeira vermelha e um pódio inusitado. Melhor para Daniel Ricciardo (Red Bull), que ficou com a vitória neste domingo, a sua quinta na carreira e a primeira nesta temporada.

Já Lance Stroll (Williams), de 18 anos, terminou no terceiro lugar e conquistou seu primeiro pódio, logo em sua campanha de estreia na modalidade. Com 18 anos e 239 dias, ele tornou-se o calouro mais jovem a subir no pódio na história da competição. O canadense, aliás, estava em segundo até a volta final, mas na chegada acabou ultrapassado por Valtteri Bottas, da Mercedes.

O dia poderia ter sido ainda melhor para a Williams, já que Felipe Massa fazia ótima corrida e até brigava pelas primeiras posições, tendo até figurado em terceiro, Porém, acabou tendo um problema no carro, foi aos boxes e precisou abandonar na 27ª volta.

"Tive um problema no carro. Algo quebrou na suspensão. O carro começou a balançar. Foi uma pena. Porque estava fazendo uma corrida espetacular. Tudo caminhava para um pódio", disse o brasileiro.

Já Sebastian Vettel (Ferrarri), que é o líder do Mundial, teve um dia de fúria e terminou na quarta colocação, uma à frente de Lewis Hamilton (Mercedes), que saiu na pole. 

A corrida ficou marcada por uma série de acidentes, que, inclusive, causaram uma bandeira vermelha devido ao excesso de resíduos pela pista. O carro de segurança entrou pela primeira vez para tirar o carro do russo Daniil Kvyat (Toro Rosso); depois, o safety car voltou a entrar por causa de peças caídas da Ferrari de Kimi Raikkonen.

Isso sem mencionar que já na largada Kvyat saiu da pista e, ao retornar, quase acertou o companheiro de equipe, Carlos Sainz Jr., que rodou. Muy amigo!

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