A Federação Internacional do Automobilismo (FIA) confirmou que todos os carros da Fórmula 1 na temporada de 2018 estarão equipados com o Halo, peça para a proteção da cabeça dos pilotos no cockpit. A decisão foi tomada na reunião do Grupo de Estratégia da categoria e anunciada pela entidade máxima do esporte nesta quarta-feira (19).

O sistema foi desenhado para reduzir o risco de um piloto ser atingido por detritos ou outros objetos na cabeça. A preocupação com esse tipo de lesão na F1 cresceu bastante depois do acidente fatal de Jules Bianchi, no Grande Prêmio do Japão de 2014. Na época, o francês rodou sob chuva pesada, atingiu um trator que retirava a Sauber de Adrian Sutil, e veio a óbito pouco mais de nove meses depois com sérias lesões cerebrais.

Seguindo um acordo unânime do Grupo de Estratégia, em julho de 2016, de introduzir uma proteção frontal adicional para os carros de Fórmula 1 e com o repetido apoio dos pilotos, a FIA confirma a introdução do Halo para 2018. Com o apoio das equipes, certos pontos do seu design serão melhorados posteriormente. Após desenvolver e avaliar vários dispositivos nos últimos cinco anos, ficou claro que o Halo apresentou a melhor performance em termos de segurança”, diz a nota da FIA.

O Halo foi bastante testado pelas equipes na pré-temporada e durante alguns treinos livres em 2016 e chegou a ser confirmado como peça obrigatória em 2017. Porém, a federação decidiu voltar atrás e estudar melhor o sistema. Segundo a revista inglesa especializada “Autosport”, nove das dez equipes do certame haviam sido contra a introdução do Halo anteriormente, mas a FIA garante que pilotos e equipes apoiam a decisão.

Na última sexta-feira (14), durante os treinos livres do Grande Prêmio da Inglaterra, Sebastian Vettel testou em sua Ferrari o Shield, sistema parecido com um escudo e que possui a mesma finalidade do Halo: proteger a cabeça dos pilotos. O alemão deu apenas uma volta e, após o treino, afirmou que se sentiu meio tonto e que a curvatura do objeto provocou uma visão distorcida na hora da pilotagem, desistindo de continuar com o objeto pelo resto da sessão.

Sergio Pérez também andou com o Halo em 2016, em treino livre no Japão (Foto: Clive Rose/Getty Images)
Sergio Pérez também andou com o Halo em 2016, em treino livre no Japão (Foto: Clive Rose/Getty Images)
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Sobre o autor
Eduardo Costa
Fã de quase todos os esportes, e sofrendo com todos os seus times neles. Dissertando um pouco sobre Fórmula 1, futebol inglês e futebol alemão.