O Primeiro evento de corridas aconteceu em 1961 e inicialmente era chamado de Grande Prêmio do Ano do Oriente e no ano seguinte foi chamado de Grande Prêmio da Malásia, sendo assim até Cingapura adquirir a independência em 1965. As corridas foram extintas em 1973, do circuito de Thomson Road, por causa da mesma razão que diversos autódromos acabaram sofrendo no mundo, a falta de segurança e por causa de acidentes que acabaram marcando esses templos da velocidade, em Cingapura eles aconteceram em 1972 e 1973.

| Fórmula 1 em 2008

O anúncio para a corrida de 2008, ocorreu depois das negociações feitas entre Bernie Ecclestone e o Singapore Tourism Board, empresas de telecomunicações entraram no acordo, bem como o Governo de Cingapura que detém 60% da conta total do investimento do evento.

Em questão de inovação, Cingapura proporcionou que o Amber Lounge Fashion Show, fosse o segundo lugar a sediar o evento. Além disso foi a primeira corrida noturna da Fórmula 1, já que ela precisava se adequar ao horário Europeu de transmissão. O circuito precisou então ser cercado por refletores, 1600 segundo dados do Globo Esporte.com.

Em 2008 no primeiro evento, foram colocados 110 mil ingressos a disposição do público e conseguiram vender todos, esse Grande Prêmio costuma ter um grande público em todos os anos.

O circuito ganhou o nome de Circuito da Marina Bay Street e teve como primeiro vencedor, Fernando Alonso com a Renault. Em 2009 ele acabou passando por algumas mudanças em questão do traçado, as curvas 1, 2 e 3 foram modificadas para gerar mais ultrapassagens, principalmente na largada, já curva 10 para evitar os acidentes.

A primeira corrida em Cingapura é marcada pela fraude e acabou acarretando um grande problema para Felipe Massa, que perdeu o seu título no GP do Brasil tempos depois. A vitória de Alonso na corrida de estreia do circuito foi armada por Flávio Briatore e Pat Symonds, fora o pit-stop de Massa que acabou com a mangueira de combustível presa no carro, quando havia recebido o sinal de liberação dos boxes.

Em 2013 a mesma curva 10 ou mais conhecida como chicane Singapura Sling, fora reconfigurada para que os carros pudessem passar pelo lado esquerdo e manter um fluxo de aceleração com direção a Ponte Anderson.

Embora o circuito tenha passado por algumas alterações o seu layout básico não foi alterado, continua sendo tortuoso e o mais lento da Fórmula 1, valorizando as equipes com chassis mais desenvolvidos e downforce e exigindo técnica dos competidores, já tem que mudanças de direção rápidas. É uma prova longa e chega a beirar as duas horas. Conta com poucas ultrapassagens e elas acabam sendo realizadas mais no final do primeiro setor, onde a velocidade tende a ser mais alta.

| Pneus

Os compostos que vão ser usados neste ano são os ultramacios, supermacios e macios, a mesma escolha do ano passado, já que os pneus dessa temporada, tem maior durabilidade do que a prevista no início da temporada.

O desafio é traçar uma estratégia que se adeque a temperatura que vai variando conforme a corrida se encaixa noite a dentro. São 23 curvas e os pneus acabam trabalhando muito. Mesmo a noite a temperatura do asfalto ainda é alta e os compostos além de sofrerem com a degradação que uma pista de rua já acarreta, também sofre com a degradação térmica e o pneu traseiro esquerdo acaba ditando os pit-stops ao longo da corrida.

| Corrida de 2016

Nico saiu de Marina Bay com a moral lá em cima e a confiança se podemos tratar assim, restaurada. Era a sua terceira vitória seguida, pós-férias e como algumas pessoas gostam de dizer, os 100% de aproveitamento pós férias.

Nico largou na pole, mas poucos metros depois o Safety Car era assinado já que Hulkenberg acabava se tocando com Carlos Sainz Jr, rodando e indo de encontro ao muro e por incrível que pareça ninguém acertou o alemão.

A relargada foi autorizada na terceira volta e rendeu um meme para a internet, porém o fiscal de pista que vivenciou o susto, nunca mais deve se esquecer. A pista ainda estava sendo limpa, quando a direção de prova liberou a prova, porém tínhamos um fiscal de pista ainda recolhendo alguns detritos e teve sair correndo da frente dos carros para não sofrer um acidente.

Daniel Ricciardo seguia em segundo lugar, com uma estratégia diferente da Mercedes, o piloto usava os pneus supermacios, dando a entender que optaria por fazer um primeirostint mais longo. Nico Rosberg aproveitava para abrir uma vantagem de mais de 4 segundos para o terceiro colocado, que era nada mais, nada menos que Lewis Hamilton.

Verstappen foi quem abriu a janela de pit-stop na décima terceira volta, o piloto que estava em sexto, retornou em décimo quinto. Na volta seguinte era a vez do inglês da Mercedes e o australiano da Red Bull fazerem as suas paradas. Hamilton retornou com os pneus macios e os compostos mais lentos do final de semana. A tática da Red Bull acabou não se concretizando com a parada de Ricciardo. Rosberg só foi para os boxes na volta 16.

Vettel que acabou largando em último lugar nessa prova, na vigésima quarta volta já aparecia em sexto e Pérez era mais um piloto que esticava a sua parada.

Na volta 26 Raikkonen começou a se aproximar de Hamilton e a briga valia o terceiro lugar e Rosberg mantinha 4 segundos de distância para o segundo colocado. Na volta 32 era a vez de Ricciado fazer a sua segunda parada, usando os macios e a pergunta que ficava era, será que vai dar para ir até o final? Na mesma volta Raikkonen aproveitava um erro do inglês para assumir o terceiro posto.

O alemão da Mercedes e o finlandês da Ferrari param na volta 34, ambos com jogos de macios e no giro seguinte era a vez de Hamilton, todos partindo para duas paradas e indo com aqueles pneus até o final, esse era o atual desenho da prova.

Porém não foi assim tudo redondo como era esperado, Lewis foi a caça de Raikkonen para retomar o terceiro lugar e quando estava encostado no finlandês, a equipe acabou chamando ele para uma terceira troca. Os outros competidores foram optando por fazer o mesmo, mas a Ferrari levou uma volta para tomar uma decisão e custou o pódio de Kimi e para ele foram instalados os ultramacios. Raikkonen acabou voltando atrás do inglês, perdendo assim o terceiro lugar.

A última tocada de emoção veio na volta 47, quando Ricciardo também fez a sua terceira parada, restando apenas 13 voltas para o final. O australiano calçou pneus supermacios e voltou a pista com 20 segundos de diferença, porém estava voando, conseguindo tirar em média 3 segundos por volta do alemão.

Ricciardo era avisado pelo rádio sobre a possibilidade de chegar no alemão a quatro voltas para o final. A Mercedes por outro lado se preocupava com os freios de Rosberg, que já estavam no talo, naquela altura. Porém na volta 57, Ricciardo da Red Bull, ainda estava a 5s4 de Nico e o alemão só poderia perder o primeiro lugar, se cometesse um erro.

Nico conseguiu concluir a corrida e vencer a prova de Cingapura, porém fez isso com um olho no peixe e outro no gato, recebendo a bandeirada com 0s488 à frente de Ricciardo. Com isso voltou a assumir o mundial e de quebra comemorou o seu 200° GP com uma vitória. Lewis veio em terceiro para completar o pódio. Raikkonen era o quarto e Vettel que havia largado do último lugar, conseguia um ótimo quinto posto.

Para conferir o texto que foi postado originalmente em Boletim do Paddock acesse: http://boletimdopaddock.com.br/preview-do-gp-de-cingapura-de-2017-ao-cair-da-noite/11134

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Sobre o autor
Debora Almeida
Acompanho a Fórmula 1 desde 2009, mas sou apaixonada por automobilismo desde criança é uma emoção que percorre todo o meu corpo.