Depois da Haas, foi a vez da Williams lançar o seu carro para a temporada de 2018 da Fórmula 1. Em um evento em Londres nesta quinta-feira (15), a equipe inglesa revelou oficialmente o FW41, bólido para o campeonato que se inicia. O veículo teve o diretor técnico Paddy Lowe como chefe de organização, Dirk De Beer como chefe de aerodinâmica e Ed Wood como chefe de design.

Segundo a própria Williams, o carro é “significativamente diferente” em relação ao FW40, de 2017. A pintura, entretanto, permanece a mesma: predominância do branco, com os detalhes em azul claro, azul escuro e vermelho (referência ao patrocínio master da Martini). A grande novidade visível é o Halo, dispositivo que será obrigatório em 2018 para proteger as cabeças dos pilotos.

A chefe do time, Claire Williams, falou sobre suas expectativas. Ela demonstrou otimismo com o novo carro e com a jovem dupla de pilotos: o canadense Lance Stroll, 19 anos e com uma temporada de experiência, e o russo Sergey Sirotkin, 22 anos e estreante na F1. “Estou emocionada em voltar e lançar nosso novo carro, para uma nova temporada, com uma excitante dupla de pilotos. Por muitos meses, o time colocou uma tremenda quantidade de esforço no FW41 e estou ansiosa para ver Lance e Sergey o levarem para a pista no fim desse mês. Toda a nossa equipe colocou um grande esforço no desenvolvimento e na produção do carro desse ano, e estamos todos ansiosos para ver isso na pista. Também gostaria de agradecer aos nossos parceiros e fãs por toda a confiança e apoio”, disse Claire.

O diretor técnico da tradicional escuderia, Paddy Lowe, também falou sobre o FW41. Ele ressaltou o esforço de toda a equipe na produção do novo carro e afirmou que ele virá com alguns conceitos do FW40, mas também trará coisas muito diferentes em outros aspectos, visando uma evolução em relação ao desempenho de 2017. “É muito bom ver todos olhando o FW41 pela primeira vez. É o produto de um grande trabalho em equipe passando por várias funções na organização, incluindo os designs de aeridonâmica, a dinâmica do veículo, e a engenharia de corridas e sistemas. O carro tem muitos novos recursos, em que a maioria não é óbvia, mas externamente a equipe perseguiu um conceito de aerodinâmica muito diferente, que nos permitiu um progresso significante na performance”, afirmou.

Os pilotos também comentaram o lançamento. Lance Stroll, que estreou na categoria pela Williams em 2017 e foi o único piloto fora do top-3 (Mercedes, Ferrari e Red Bull) a conquistar um pódio com o terceiro lugar no Azerbaijão, lembrou do aprendizado como novato e mostrou-se ansioso: “Antes de toda temporada há muita antecipação e perguntas sem respostas, e isso faz as coisas ainda mais excitantes. Com uma temporada nas costas com a equipe, mal posso esperar para voltar à pista e ver como está o novo carro. Até estarmos na pista não saberemos como estará a competição, mas estou ansioso e otimista sobre o carro. O último ano foi uma curva de aprendizado íngreme para mim e agora mal posso esperar para ver o que teremos em 2018”.

Já Sergey Sirotkin, que já foi piloto de testes da Sauber e da Renault, estreia como titular na F1 em 2018. Ele falou de como tem trabalhado para o começo da temporada e da relação com a equipe. “Estou realmente ansioso para a próxima temporada. Passei muito tempo na fábrica, estou praticamente vivendo lá no momento, e isso tem sido muito motivador para mim e para todas as pessoas por lá. Tem sido um grande prazer começar a trabalhar com os mecânicos e engenheiros, e tudo está indo bem. Estou treinando duro e indo ao simulador regularmente, passando por diferentes acertos com o carro, diferentes pistas e acertos de banco, além de muitos encontros com os engenheiros e tours pela fábrica para conhecer todos. Estou me divertindo com o pessoal e me preparando da melhor maneira possível”, destacou.

Por fim, quem também falou foi Robert Kubica. O polonês, que esteve na F1 entre 2006 e 2010 e foi obrigado a deixar a categoria após um acidente de rally em 2011 onde quase amputou o braço, está de volta ao certame como piloto reserva da Williams. Ele disse que será difícil ver outros pilotos em ação, mas destacou a felicidade em estar de volta e lembrou que será importante no desenvolvimento do carro, por conta da experiência. “Estou de volta à F1 em uma função diferente da que eu estava antes, mas estou de volta permanentemente ao paddock, então estou ansioso. Será interessante voltar para alguns dos lugares em que eu estava antes, que me trouxeram diferentes emoções em vários momentos da minha vida. Algumas vezes pode ser difícil ver os outros correndo, mas estou em uma função diferente. Estou certo de que será uma temporada dura, com muitas corridas e coisas para fazer. Tenho que estar no máximo do meu trabalho para a equipe”, afirmou.

A Williams foi a quinta colocada no mundial de construtores em 2017, 83 pontos (na época, o companheiro de Lance Stroll foi o brasileiro Felipe Massa). O FW41 estará nas duas semanas de pré-temporada, de 26 de fevereiro a 1º de março e de 6 a 9 de março, ambas em Barcelona, na Espanha. A temporada de 2018 começa com o Grande Prêmio da Austrália, em Melbourne, no dia 25 de março.