Especial VAVEL: a relação e inserção dos LGBT no esporte
(Foto: Editoria de Arte/VAVEL)

Futebol. A paixão nacional. Aliado a ele, um tema que ainda parece ser e passar despercebido vai ganhando seu espaço na sociedade, mesmo que fosse algo natural. Inserção dos LGBT com o esporte. Cercado por um antro machista, apesar de ser destinado à população, o desporto bretão vai englobando mais fãs, independente de suas escolhas.

Introduzido no Brasil lá em 1895, pelo paulista Charles Miller, o futebol era como uma prática de lazer para todo o povo, seja de classes baixas às altas. Em meio a isso, entram outras categorias, como a orientação sexual, que sofre preconceito nos dias de hoje em alta intensidade, em destaque fora e dentro dos gramados pelo mundo da bola.

Torcidas já aderem à causa LGBT mundo afora (Foto: Getty Images)
Torcidas já aderem e defendem a causa LGBT mundo afora (Foto: Getty Images)

Este é o primeiro de sete especiais da VAVEL Brasil, com produção de Amanda Bogo, Gabriel Menezes, Marcello Neves, Mariana Sá e Mateus Schuler. Ao longo da semana, você poderá acompanhar "Torcidas LGBT brasileiras", "Ofensas direcionadas aos LGBTs/Reações de torcedores", "Ações de clubes contra a LGBTfobia", "LGBTfobia nos esportes: casos mais famosos e reações dos envolvidos", "Atletas que se declararam LGBT abertamente". Neste episódio de abertura, abordaremos a relação entre o futebol e as pessoas LGBT.

Mesmo com o passar dos anos, ainda existe muito preconceito com as pessoas de orientação sexual diferente. No futebol, é mais evidente, já que é um esporte que engloba toda a sociedade. Por conta disso, já há um maior envolvimento dos LGBT, seja dentro ou fora dos gramados. A relação, entretanto, ainda é árdua, pois existem práticas excludentes ou que ridicularizam alguém pelas suas escolhas.

Torcedoras inglesas, lésbicas, se concentram nos arredores de um estádio antes de uma partida (Foto: Getty Images)
Torcedoras inglesas, lésbicas, se concentram nos arredores de um estádio antes de uma partida (Foto: Getty Images)

Tais atos promovem a desigualdade, tornando o ambiente homogêneo e com as comunidades mais diversas entrando em conflito. Jogadores, torcedores e até profissionais optam por não revelar para manter boa aparência junto à fama, porém lutam internamente para encerrar a tal discriminação.

O discernimento por parte dos mais jovens faz com que a intolerância, tratada como corriqueira na rotina de alguns, tente ser reduzida. Ainda assim, mesmo com produções destinadas à abordagem inicial, apenas o público específico e simpatizantes as consomem. Visando minimizar a rejeição, a Liga Internacional de Futebol de Gays e Lésbicas promove a Copa do Mundo da categoria, anualmente, envolvendo o máximo de clubes e até seleções nacionais.

O empenho da militância em tornar um mundo mais igualitário e com mudanças comportamentais das torcidas para isso, sem ter que impor determinações, é o que nos faz sentir mais à vontade no cotidiano. Em vários países, gritos das arquibancadas já começam a ser repudiados e no Brasil não pode ser diferente. O de "bicha", por exemplo, necessita deixar de ser ofensivo, mas não apenas no futebol, conforme ocorreu em 2014 com Rogério Ceni, em clássico diante do Corinthians, à época goleiro e, atualmente, técnico do São Paulo.

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