Os Jogos Paralímpicos também têm competições de Ciclismo de Pista, e acontecerão no mesmo lugar da Olimpíada, o Velódromo do Rio, no Parque Olímpico da Barra.

O Paraciclismo de Pista tornou-se popular em 1980 e, na época, as provas tinham apenas atletas com deficiência visual. O esporte foi incorporado ao programa paralímpico nos Jogos de 1984. Em 1996, na Paralimpíada de Atlanta (EUA),  foram incluídos competidores com outros tipos de deficiência. 

As provas são realizadas em dois tipos de classificação diferentes: B, para atletas que possuem deficiência visual ou baixa visão. Os competidores pedalam junto com um guia em uma bicicleta de dois lugares, chamada de tandemLC1, atletas com deficiência nos membros superiores; LC2, prejuízo em uma das pernas, com uso de prótese permitido; LC3, competidores que usam apenas uma das pernas para pedalar e não usam prótese, e LC4, atletas com um grau maior de deficiência, com amputação em um ou mais membros.

As bicicletas da categoria LC1 até LC4 são adaptadas conforme a deficiência de cada um dos atletas.

São realizados quatro tipos de prova, semelhantes ao Ciclismo de Pista Olímpico. No contrarrelógio, um ciclista sozinho deve percorrer uma distância entre 500m e 1000m no circuito oval, e vence quem fizer isto no menor tempo. 

Dois ciclistas largam simultaneamente de lados opostos do velódromo na prova de perseguição e, de acordo com sua categoria, percorrem uma distância de 3 ou 4km. O vencedor é quem fizer o menor tempo ou conseguir alcançar o adversário.

Há também a prova de velocidade por equipes, na qual grupos de três atletas de cada país, homens e mulheres, disputam três voltas pedalando um atrás do outro. Vence a equipe que, na última volta, cruzar primeiro a linha de chegada. E a velocidade individual, que acontece em baterias. Diversos ciclistas largam juntos e vence quem atravessar a linha primeiro, no momento em que a maior velocidade é alcançada, o sprint.

Na categoria feminina, a estrela da Paralimpíada de Londres foi a britânica Sarah Storey. Ela quebrou o recorde paralímpico na prova de perseguição, com o tempo de 3min32s170. Antes de competir sobre duas rodas, Sarah foi pentacampeã paralímpica nos Jogos de Barcelona e de Atlanta na natação. Depois, em Pequim, começou a competir no Paraciclismo de Estrada e de Pista na categoria C4, sem uma das mãos e, contando as conquistas de 2008 e de 2012, tem três medalhas de ouro na estrada e três na pista. É favorita para a Rio 2016. 

Kieran Modra, da Austrália, conquistou o ouro em Londres no contrarrelógio da categoria B. Ele também foi campeão em sua classe nas Paralimpíadas de Pequim, Atenas e Atlanta. 

Também no contrarrelógio, na classe C4, o ouro ficou com o espanhol Alfonso Cabello. À época, Cabello tinha 19 anos e participava de sua primeira Paralimpíada. 

Na velocidade individual, o Britânico Anthony Kappes conquistou o tricampeonato paralímpico na categoria B. Nesta mesma classe, a paraciclista Felicity Johnson, da Austrália, conquistou o ouro olímpico da prova de contrarrelógio.

A China ficou com o ouro na velocidade por equipes, com os atletas Xiaofei Ji, Xinyang Liu e Hao Xie. O Brasil não terá representantes na modalidade na Paralimpíada do Rio. 

A primeira competição do Ciclismo de Pista paralímpico acontece no dia 8 de setembro, quinta-feira, às 16h30. Será a prova única de perseguição feminina das classes C1 a C3, valendo o ouro.