O atletismo está presente no programa paralímpico desde a primera edição dos Jogos, em Roma, 1960. É dividido entre as provas de pista (T) e de campo (F). Na pista acontecem as competições de corrida, revezamento e maratona e, no campo, as de arremesso de peso, lançamento de disco e de dardo, e saltos em distância, altura e triplo. Participam do atletismo pessoas com deficiências físicas, visuais e intelectuais.

No lançamento de disco, os atletas lançam discos de 0,75 e 2 quilos e têm três chances de acertá-los o mais distante possível. O mesmo acontece no lançamento de dardos, que pesam entre 500 e 800 gramas. E as provas de arremesso de peso são praticadas com bastões de 40 centímetros que pesam de 2 a 7,36 quilos. Todas as categorias contam com adaptações de acordo com a deficiência de cada competidor.

No salto em distância os atletas têm três chances de alcançar a maior distância possível em um tanque de areia, correndo a partir de uma pista de 40 metros a fim de pegar impulso. As mesmas três chances eles têm no salto em altura para atingir a maior altura por cima de uma barra (ou sarrafo) horizontal. 

As corridas são disputadas em percursos de 100, 200, 400800, 1500 e 5000 metros. Os atletas devem percorrer estas distâncias no menor tempo possível e ganha quem atravessar em primeiro lugar a linha de chegada.

Nas provas de revezamento, equipes de quatro atletas correm 4x100 e 4x400 metros. Cada um dos atletas começa a correr somente depois que recebe o bastão das mãos de quem largou anteriormente. Exceto pelas provas envolvendo cadeirantes, em que não há um bastão; o revezamento começa a partir do toque das mãos dos competidores.

Na maratona, que, na Rio 2016,  passará por diversos pontos turísticos da cidade, como o Forte de Copacabana, os atletas percorrem um trajeto de 42,195 quilômetros

Todas as provas são divididas em subcategorias respeitando a necessidade de cada atleta. Nas provas de campo, F1 a F13 correspondem aos deficientes visuaisF20, deficientes intelectuais; F31 a F34, portadores de paralisia cerebral que utilizam cadeiras de roda e F35 a F38, paralisados ambulantes; F40, portadores de nanismoF41 a F46, amputados e F51 a F58, cadeirantes

Na pista, T1 a T13 representam os deficientes visuais; T20, deficientes intelectuais; T31 a T34, portadores de paralisia cerebral que utilizam cadeiras de roda e T35 a T38 paralisados ambulantes; T41 a T46, amputados e T51 a T54, cadeirantes. 

Na classe masculina, quatro brasileiros se destacaram com o ouro na Paralimpíada de Londres. Felipe Gomes conquistou a medalha na prova dos 200m T11, Alan Fonteles nos 200m T44, Yohansson Nascimento nos 200m T46 e Tito Sena, na maratona T46.

Terezinha Guilhermina ganhou a medalha mais preciosa em duas provas: a dos 100m T11 e 200m T11. Sirlene Coelho garantiu o lugar mais alto do pódio com a bandeira do Brasil no lançamento de peso do F37/38

Nos Jogos de 2012, os maiores medalhistas foram os chineses, que levaram para casa 33 ouros, 29 pratas e 24 bronzes. Atrás deles estão Rússia, com 36 medalhas e o Reino Unido, com 29. O Brasil ficou na sétima colocação no quadro de medalhas do atletismo, com um total de 18 medalhas, sendo elas sete ouros, oito pratas e três bronzes

As provas, assim como na Olimpíada, serão realizadas no Estádio do Engenhão, que está todo adaptado para que sejam realizadas as competições do atletismo. A maratona terá a linha de partida e chegada no Forte de Copacabana.

As competições começam no dia 8 de setembro, quinta-feira, a partir das 10 da manhã.