#LollaVAVEL: RHCP, Alok, Chance e LCD SoundSystem fazem os grandes shows do dia 23
(Créditos: Divulgação\Lollapalooza)

O Lollapalooza Brasil 2018 começou com o pé direito! Nesta sexta-feira (24), o Autódromo de Interlagos recebeu a sétima edição do festival no país, que teve uma série de grandes espetáculos e muitas surpresas. Entretanto, como era de se esperar, as atrações principais vieram com toda sua força para levar á loucura todos os que estavam lá.

Com grandes atrações para todos os gostos, artistas como o novo fenômeno do hip-hop Chance the Rapper, os queridinhos do dance-rock LCD SoundSystem, o sucesso brasileiro com hits internacionais Alok e o Red Hot Chili Peppers, que dispensam apresentações, marcaram presença e fizeram apresentações inesquecíveis e com muitas surpresas, não decepcionando após os grandes shows que tiveram ao longo do dia.

Com isso, a VAVEL Brasil preparou uma breve análise para cada uma das grandes apresentações que aconteceram nesta sexta-feira. Confira:

Veja também: O resumo do dia 23 no Lollapalooza, com tudo que rolou neste primeiro dia de festival!

Chance The Rapper

O vencedor de três prêmios Grammy fez sua primeira apresentação no Brasil no Palco Onix, e precisou conquistar o público aos poucos. O astro está em asenção nos Estados Unidos, mas ainda não é muito conhecido nas terras tupiniquins, e por isso, precisou lidar com uma platéia que ainda não está habituada com seu som. Trazendo toda uma influência gospel em suas canções, o astro não fez feio e conseguiu embalar todo mundo com "Blessings" e "Cocoa Butter Kisses".

Para chamar a atenção dos brasileiros que não conheciam seu trabalho, ele se utilizou de suas participações em hits como "Ultralight Beam" de Kanye West e "I'm The One" do DJ Khaled com Justin Bieber, ajudando ainda mais a conquistar a platéia, que nesse momento já se demonstrava interessada. Durante "No Problem", foi exibido no telão os seus três Grammys que ganhou em 2017 por "Coloring Book", onde ele rimou falando para as gravadoras tentarem pará-lo, sendo ele um artista independente.

Finalizando a apresentação com um show redondo, uma banda afiadíssima, pautado pelas levadas de igreja e demostrando toda sua originalidade e talento, no fim foi uma ótima estréia no Brasil, mas que merecia uma platéia já familiarizada como o artista e que cantasse suas canções. "Preciso que vocês pulem nesse show, é assim que a gente faz em Chicago”, disse o cantor em um dado momento.

LCD SoundSystem

Os nova-iorquinos subiram ao Palco Onix com uma tarefa ingrata: eles se apresentariam antes de Alok e dos Chili Peppers e após terem feito uma apresentação fraca em um evento pré-Lolla. Porém, mesmo com o cenário pouco favorável para a banda que não vinha ao Brasil a um bom tempo, os caras do LCD usaram toda sua mistura de indie e dance e conseguiram entregar um belo show, mas que infelizmente ficou a mercê de uma platéia bastante morna. "Daft Punk is playing in my house" abriu o show, música que é uma clara homenagem aos franceses do Daft Punk, e a partir daí começaram a empilhar sucessos.

O vocalista e líder banda James Murphy conseguiu fazer um excelente trabalho em cima do palco, mesmo sem possuir uma presença de palco forte ele possui seu carisma:"Oi todo mundo, somos o LCD Soundsystem. Obrigado por virem nos ver. A gente sabe que tem muita comida e essas coisas”, ironizou. “You Wanted A Hit”, "Tribulations" e "Yr City's a Sucker" conseguem envolver o público e fazê-los se interessar pela banda, que foi muito feliz na escolha de sua setlist e estava em uma noite inspirada.

Para encerrar a bela performance, as destruidoras "Dance Yrself Clean" e "All My Friends" conseguiram ter sucesso em deixar a platéia satisfeita com uma apresentação de alta qualidade, uma o público não ser formado por fãs da banda. 

Alok 

O fenômeno brasileiro da música eletrônica sem dúvida era uma das atrações mais aguardadas desta edição de festival, e conseguindo colocar todo mundo para pular ao mesmo tempo em que o Red Hot fazia seu show no outro palco. Tendo feito a introdução mais emblemática do dia, com direito a contagem regressiva, fogos e uma gravação do DJ contando um pouco da sua história de vida, ele lançou chamadas como "o que faz seu coração vibrar mais forte? O meu é a música" e assim começou seu show. 

Seu mega-hit internacional, "Hear Me Now", que o fez ser o artista brasileiro mais escutado em todo o mundo, foi a primeira canção do repertório que incendiou a platéia (majoritariamente formada de adolescentes) e fez todo mundo pular enlouquecidamente. Após isso, o Lolla virou uma verdadeira balada, alternando seus próprios sucessos como "Never Let Me Go" com seus remixes inusitados (com direito até a Green Day e Oasis). O show não teve momentos de grande baixa, conseguindo se manter constante para quem estava vendo e com o público respondendo demais, e com isso, seu famoso remix de "B.Y.O.B", do System Of A Down encerrou a apresentação em uma imensa apoteose. 

Red Hot Chili Peppers

O que dizer de um show do Red Hot Chili Peppers? O quarteto californiano estava fazendo seu útilmo show da turnê mundial "The Getaway" (que já tinha passado no Brasil, no Rock in Rio 2017) e não aparentavam estar nem um pouco cansados. Após a tradicional jam de início, com Flea, Chad Smith e Josh Klinghoffer muito entrosados a banda lançou seu "Can't Stop" como de costume, música que quase sempre abre os shows da banda. Depois disso, eles sairam desifalando seus incontáveis sucessos como "Snow (Hey Oh)" e "Otherside", levando as pessoas ali a cantarem a plenos pulmões, e ai executaram "Dark Necessities", sucesso mais recente do albúm nobvo deles.

Um dos momentos mais inusitados do dia no festival foi quando Josh, o guitarrista, deciciu arriscar e fez um cover de Jorge Ben Jor, da música "Menina mulher da pele preta", cantado em bom portiguês e tocando guitarra, e assim ele conquistou o público que aplaudiu intensamente a agradável surpresa. O que também foi inesperado foi a setlist do show, onde músicas raramente executadas ao vivo pela banda ganharam espaço e fizeram a alegria dos fãs, entre elas: "Nevermind", "Aeroplane", "Hump De Bump" e até mesmo "Blood Sugar Sex Magik", que ficaram de fora do repertório do show no Rock in Rio, e ainda teve uma versão de "Pea" interrompida na metade pelo proprio Flea. A impressão que dava é que os californianos, já com a fã-base garantida, resolveram brincar e tocar o que desse na telha.

Teve espaço até para "Higher Ground", o cover do Stevie Wonder de 1988, que geralmente diz-se ser o primeiro grande hit da banda. Após mais um show de clássicos incontestáveis, a reta final foi ficando mais previsível: "Under The Bridge", "By The Way", "Goodbey Angles" e "Give It Away" ditaram os momentos finais do RHCP no Lolla, que terminou o primeiro dia com uma grande apresentação dos Chili Peppers, como não poderia ser diferente.

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