E a semifinal da Superliga Feminina de Vôlei 2018 entre Osasco e Praia Clube será decidida apenas no quinto jogo. Na noite desta segunda-feira (2), no Ginásio José Liberatti, em Osasco/SP, a equipe da casa derrotou as mineiras por 3 sets a 1, com parciais de 31 a 29, 27 a 2524 a 26 e 25 a 19. A oposta Tandara levou o troféu VivaVôlei como melhor jogadora em quadra.

O desfecho da trama se dará na noite da próxima sexta-feira (6), a partir das 18h30, no Ginásio Adalberto Testa, o famoso Redondo, em Uberlândia/MG. Com a série empatada em 2 a 2, quem vencer leva. Quem errar o passo, perde a vez e fica de fora da final, que será contra o Sesc-RJ.

Primeiro set

O princípio do jogo mostrou bem o equilíbrio da série. Ainda que a equipe da casa saísse um pouco na frente, desgarrando por uma diferença de três pontos, era nítida a equiparação de nível. Chamando o jogo para si, a oposta Tandara conduzia o time paulista. Associada a categoria de Nati Martins no saque, que quebrava a recepção mineira. Pelo outro lado, Fê Garay estava bem marcada.

Logo, tentando outro caminho, Fawcett se tornou válvula de escape mineira. Quando resolveu entrar no jogo, Fabiana, em um block isolado, empatou a partida em 14 pontos. Na reta decisiva do set, era bola no chão de um lado e do outro. Naturalmente, o placar passou dos 25 pontos. 27 a 27, 28 a 28. Assim ia a marcha de um jogo espetacular. Angela Leyva, explorando a parede, fechou um primeiro set de 40 minutos em 31 a 29 para o Osasco.

Segundo set

Fechar o primeiro set deu moral para a peruana. Na entrada de rede, Leyva conseguia cravar quando acionada. Do mesmo modo, Tandara, em grande forma, pesava o braço. Pelo Praia, Fê Garay, fugindo da marcação que a aprisionara na primeira parte, engrenou. Em dois ataques seguidos, a americana Fawcett virou na saída de rede, buscando uma diferença que crescia contra o time mineiro. Apagada no começo da partida, Mari Paraíba também veio para o jogo.

Foto: João Pires/Fotojump
Foto: João Pires/Fotojump

Caprichando no muro, Bia crescia para cima do ataque do time de Uberlândia. Fluindo na maioria dos fundamentos, o Osasco ia abrindo uma margem confortável. Mas, era jogo. Rapidamente, o 15 a 11 virou 15 iguais. Muito graças ao saque da Garay, que destruía a defesa paulista. Quem igualmente imprimia um ritmo pesado era o contra-ataque mineiro. O segundo set, repetindo o primeiro, passou dos 25 pontos. Em um erro de Fawcett, 27 a 25 para as paulistas, com 37 minutos de duração.

Terceiro set

Isonomia. Tal qual nos dois primeiros sets, o terceiro teve a escada sendo subida degrau por degrau, com Osasco e Praia se alternando nos passos. Claudinha, no oitavo ponto mineiro, fechando a paralela no triplo, fez a peruana Angela Leyva ficar por alguns segundos no chão, pensando no que fazer para fugir da marcação que a buscava. Ela pensou e agiu, virando um contra-ataque na sequência e forçando o pedido de tempo feito pelo técnico do Praia, Paulo Coco.

Perdendo um pouco a cabeça, o time uberlandense via a equipe paulista se soltar de modo não visto nos outros sets. Quem entrou na partida e recuperou o lado mineiro foi Ellen, substituindo Fawcett. Pelo Osasco, Tandara, que sozinha fez mais de um set de pontos, deixava o time da casa na boa. Porém, não está morto quem peleia. O Praia conseguiu empatar em 21 a 21, trazendo apreensão ao jogo. Mais uma vez, a marca de 25 pontos foi superada e a esquadra uberlandense levou 37 minutos para fechar em 26 a 24.

Foto: João Pires/Fotojump
Foto: João Pires/Fotojump

Quarto set

Levar o terceiro set recuperou o Praia Clube. A maré virou e, pela primeira vez na partida, a equipe visitante iniciou um período na frente do marcador. O susto chegou às arquibancadas que, outrora barulhentas, faziam um silêncio impactante. Todavia, o Osasco emergiu no jogo e encostou, diminuindo a desigualdade de quatro para um ponto. Em um certo momento, rolou até uma encarada, demonstrando algum nível de tensão em quadra.

Tensão que, de outra maneira, ganhou contorno maior. Após tentar uma defesa, Garay trombou feio com a placa de publicidade, tendo de ser atendida em quadra, paralisando a partida. Com a bola voando, a linearidade persistia e era bola no chão de um lado e do outro. Ninguém se rendia. Quando a galera acordou de novo, Tandara, do alto de seus 36 pontos no jogo, deu a maior diferença, que foi de cinco pontos. Fê Garay, que tanto acertou no jogo, errou e deu a vitória ao Osasco. 25 a 19 e decisão marcada para terras mineiras.