Nesta sexta-feira (31) tem início a primeira rodada do Grupo Mundial da Copa Davis 2014. Serão oito confrontos entre as melhores seleções do mundo. Logo de cara, alguns duelos prometem apimentar a disputa nesse início de ano, como o duelo entre Alemanha e Espanha, França e Austrália e Estados Unidos e Grã Bretanha.

Baixas importantes

Entre as novidades, o fato de o novo capitão da seleção espanhola, Carlos Moya, não ter convocado Rafael Nadal e David Ferrer. O confronto diante dos alemães será em Frankfurt, nos dias 1 e 2 de fevereiro.

Ferrer e Nadal não irão defender a Espanha

Outra que inicia a Davis com sério desfalque é a Argentina. Sem David Nalbandian, que anunciou sua aposentadoria no fim de 2013, os hermanos também não poderão contar com Juan Martin Del Potro. Problemas de relacionamento com o atual técnico da Seleção, Martín Jaite, tem deixado Del Potro cada vez mais distante do papel de protagonista na equipe do país.

Na Sérvia, que chegou a decisão no último ano, a ausência mais sentida é do atual número 2 do mundo Novak Djokovic. Para piorar, Janko Tipsarevic também está fora do duelo com os suíços.

Suíça com Federer e Wawrinka

Se pelos lados de Espanha, Argentina e Sérvia as notícias não são das melhores, o mesmo não se pode falar da Suíça. A equipe poderá contar com sua dupla de ouro: Roger Federer e Stanislas Wawrinka. Federer confirmou oficialmente sua participação nesta semana e Wawrinka chega motivado com o título da Copa Davis.

Atual campeã, a República Tcheca chega com o time completo. Berdych, Stepanek e Rosol estão confirmados. Vesely se junta ao trio para o embate com o time holandês. A França também segue à risca com Tsonga, Gasquet e Monfils para encarar a Austrália.

Confira abaixo a análise dos confrontos:

República Tcheca e Holanda

Campeã em 2013, a República Tcheca entra na competição com o time completo e com um retrospecto favorável. Nos duelos com os holandeses, o placar aponta 4 a 1 para os tchecos. A última vitória da Holanda ocorre em 1925. Mais uma vez os tchecos entram com amplo favoritismo, já que estão invictos a nove confrontos.

Pelos lados da Holanda, a última vitória em um Grupo Mundial foi em 2005 diante da Suíça. No ano passado, a equipe que tem Robin Haase (nº 47 do ranking) como sua principal arma foi eliminada pela Argentina.

Japão e Canadá

As equipes não se enfrentam desde 1938. Logo, colocar o cartel em destaque não é tão relevante. De qualquer forma, o Japão defenderá a invencibilidade diante dos canadenses ( 5 a 0). Vale ressaltar que o Canadá chegou às semifinais no ano passado, quando foi derrotado pela Sérvia.

O Japão garantiu sua vaga com um apertado 3 a 2 contra o time da Colômbia no segundo semestre do ano passado, em Tóquio. Com Kei Nishikori de um lado e Vasek Pospisil de outro – duas promessas do tênis atual -, o confronto se mostra equilibrado.

Alemanha e Espanha

Mesmo com os desfalques de Nadal e Ferrer, a vida da Alemanha não será fácil diante dos pentacampeões da Davids. O retrospecto mostra vantagem dos bávaros, 9-6, mas a última vitória foi no distante ano de 1994.

A Alemanha também tem um retrospecto atual negativo, são duas vitórias e quatro derrotas, nos últimos encontros com os espanhóis. A Alemanha bateu o Brasil por 4 a 1, enquanto a Espanha se classificou após atropelar a Ucrânia.

Confronto de alto nível com nomes como Tommy Haas, Kohlschreiber e Mayer; Feliciano Lopez e Fernando Verdasco.

França e Austrália

Duelo entre um dos países mais bem sucedidos da história da Copa Davis. A França foi campeã por nove vezes, enquanto a Austrália venceu nada mais nada menos do que 28 Copas Davis. No confronto entre os selecionados, vantagem para os australianos (10 a 4), assim como os duelos no Grupo Mundial ( 5 a 3).

Apesar do histórico favorável, a França surge com um time mais forte, competitivo e experiente, com o trio Tsonga, Gasquet e Monfils. Pelo lado australiano, as esperanças ainda se mantém sobre Lleyton Hewitt, que já caminha para os 33 anos.

USA e Grã-Bretanha

Os Estados Unidos carregam a vantagem no histórico – 11 a 7 -, além do fato de terem levado a melhor nos últimos quatro encontros diante dos súditos da rainha. A última vitória britânica foi na década de 30.

Porém, a realidade pode ser favorável a Grã-Bretanha graças a presença de Andy Murray. Ele venceu seus últimos três jogos em simples na Copa Davis e tem condições de ‘carregar’ a Seleção em simples. Nas duplas, os irmãos Bryan podem ser o determinante para os americanos manterem ou não a esperança no duelo.

Argentina e Itália

A Argentina defende um retrospecto altamente positivo desde 2002. Os Hermanos jamais deixaram de alcançar a fase de quartas de final, desde então. O único encontro entre as equipes foi em 1983, com um 5 a 0 sobre os italianos.

O confronto promete ser de equilíbrio, ainda mais com a ausência de Juan Martin Del Potro. Em 2013, a Argentina chegou às semifinais, enquanto os italianos caíram nas quartas.

Cazaquistão e Bélgica

Um dos confrontos de menor expressão. A tradição das equipes fala por si só. Jogando em casa, o Cazaquistão não pode ser subestimado, já que figura na primeira divisão desde 2011, tendo perdido em apenas uma rodada para a Espanha. Já os belgas não ganham na primeira rodada desde 2007. É a grande chance para alterar o retrospecto.

Sérvia e Suíça

Um encontro pra lá de interessante, embora a Sérvia não conte com seus dois principais jogadores: Djokovic e Tipsarevic. A Suíça ganhou o único confronto entre as seleções em 2006. Apesar da ausência das suas estrelas, o retrospecto atual da Sérvia, que foi finalista em 2013, exige respeito. Ainda mais pelo fato de atuar em casa. Os suíços terão que se desdobrar para levar a melhor, mas terão a seu favor as presenças de Roger Federer e Stanislas Wawrinka.

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