O torneio hoje conhecido como Aberto dos Estados Unidos começou, na verdade, bem fechado. Em agosto de 1881, no Cassino de Newport, em Rhode Island, foi disputado o primeiro Campeonato Nacional dos EUA, apenas com disputas para homens.

A competição só aceitava jogadores membros de clubes filiados à Associação de Tênis na Grama dos EUA, uma fina elite. O campeonato era uma final de vários torneios disputados pelo país, que se alternaram por oito diferentes locais através dos tempos.

Em 1887, foi criado o Campeonato Nacional de Mulheres dos EUA, inicialmente disputado no Philadelphia Cricket Club. Dois anos depois, começou a disputa de duplas femininas e em 1892 veio a disputa de duplas mistas.

Até 1914, os homens ficaram jogando em Rhode Island. Neste ano, se mudaram para o West Side Clube, em Forest Hills, em Queens, Nova York. Ficaram ali até 1923, quando foram para o Germantown Cricket Club, na Filadélfia. No ano seguinte, voltaram para Forest Hills, mantendo a companhia das mulheres, que haviam conquistado em 1921. As competições de duplas, no entanto, ainda viajaram pelo país. Em alguns anos eram disputadas em Forest Hills, em outros anos não.

No período de 1946 a 1967, as partidas de duplas masculinas e femininas foram fixadas no Longwood Cricket Club, em Chestnut Hill, Massachussets. A grande mudança mesmo veio com o advento da era do "tênis aberto", quando se permitiu a participação dos tenistas profissionais, em 1968.

As cinco competições (duplas masculina, duplas feminina, duplas mistas, simples masculina e simples feminina) só foram unificadas este ano. Mas em 1968 e 1969 ainda foram disputadas competições separadas para amadores e profissionais.

O campeonato passou a se chamar Aberto dos EUA, mas o lugar reservado aos grandes campeões ficou pouco aberto a estrangeiros: John McEnroe, com quatro títulos, Jimmy Connors, com cinco, e Pete Sampras com quatro, entre os homens, e Chris Evert, com seis títulos entre as mulheres, mostraram que bater os nativos não é nada fácil.

Além da abertura para os profissionais, o final dos anos 60 também marcou a mudança de piso do Aberto dos EUA. Forest Hills nasceu com quadras de grama mas passou a contar com quadras de saibro, o que na época foi um escândalo. Era a época de Connors, Villas e Orantes.

Em 1978, a sede do torneio mudou-se para Flushing Meadows-Corona Park e o piso mudou de novo, desta vez para o cimento revestido de resina; a chamada quadra dura.

O velho estádio Singer Bowl, havia sido reformado e ampliado para a Feira Mundial de 1964 e já havia recebido shows de Frank Sinatra, Beatles, Rolling Stones e Bob Dylan. Foi rebatizado com o nome de Louis Armstrong, em homenagem ao astro do jazz que morava no bairro de Queens, e passou a sediar o Aberto dos EUA.

O local era um pandemônio. Com os aviões passando a uma baixa altura, logo após levantarem vôo do vizinho aeroporto de La Guardia, o que fazia um barulho ensurdecedor, levando tenistas e publico à loucura. Alem disso a praça de alimentações eram vizinha às quadras. Vários outros problemas fazim do Aberto o evento mais odiado pelos tenistas.

Em 1997 foi inaugurado um novo estádio e com ele novas instalações para jogadores e imprensa. A USTA, Associação de Tênis dos EUA, gastou astronômicos US$ 254 milhões para construir o Estádio Arthur Ashe, com capacidade para 23 mil e 600 pessoas e reduzir à metade o antiquado "Louis Amstrong".

O nome do novo estádio é uma homenagem ao maior ídolo negro do tênis norte-americano e vencedor do Aberto dos EUA em 1968. Além desses do Arthur Ashe e do Louis Armstrong, o complexo de Flushing Meadows dispõe de um terceiro estádio e de 21 quadras.

Hoje, o Aberto dos EUA distribui US$ 15 milhões em prêmios, a maior premiação do circuito, e é único Grand Slam onde homens e mulheres recebem o mesmo valor.

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