Após uma semana intensa em Montréal, que culminou com o segundo título de Masters 1000 do alemão Alexander Zverev, todas as atenções voltam-se para Cincinnati, onde, inevitavelmente, o tênis mundial terá um novo "velho" líder em seu ranking.

Atualmente ocupando o mais alto posto da tabela, o britânico Andy Murray ainda sofre com dores na bacia, e por isso não irá participar do torneio, deixando de defender 600 pontos do vice-campeonato do ano passado, quando perdeu para Marin Cilic na final.

Desta maneira, com a queda de Rafa nas quartas de final e o vice-campeonato de Roger Federer em Montréal, o Masters 1000 de Cincinnati revive a mais tradicional rivalidade da história da bola amarela: Federer vs Nadal.

Matemática do número um

As condições não são difíceis de compreender. No tênis, a pontuação do ranking é o número de pontos somados nas últimas 52 semanas. Portanto, no caso de Andy Murray, os 600 pontos conquistados em 2016 serão descontados e substituídos pela pontuação adquirida em Cincinnati na temporada atual (no caso, não haverá).

Liderando com 7750 pontos, o britânico cairá para 7150, e vê no retrovisor o espanhol Rafael Nadal com 7555 e o suíço Roger Federer, com 7145. Ambos não participaram em Cincinnati na temporada passada, portanto apenas somarão pontos. Confira o necessário para cada um liderar o ranking na próxima semana: 

Campanha necessária para atingir topo do ranking em Cincinnati: 

Para ter qualquer chance, o mínimo que Federer precisa fazer é chegar à final. Se não conseguir, Nadal alcançará o topo do ranking, independente de seu resultado. Em caso de título de Roger em cima do "rei do saibro", ele perderia ainda por dez pontos. 

Sendo vice-campeão, o suíço precisaria que Rafa chegasse no máximo até as oitavas de final. Sendo campeão, precisaria que o espanhol caísse no máximo na semifinal do torneio. Qualquer outro resultado determina que Rafael Nadal será o número um do mundo. 

Chaveamento: os obstáculos de Rafa e Roger

Projetando a liderança do ranking, é necessário analisar o chaveamento de Cincinnati e o grau de dificuldade de ambos os tenistas na briga pelo título. Confira a projeção das chaves e o retrospecto contra os prováveis adversários: 

Rafael Nadal

R1 - Bye
R2 - Gasquet (14-0) ou Smith (0-0)
R3 - Muller (4-2), Ramos-Vinolas (3-0) ou Youzhny (13-4)
QF - Tsonga (8-4), Goffin (2-0), Kyrgios (2-1) ou Anderson (4-0)
SF - Thiem (5-2), Querrey (4-1) ou Verdasco (16-3)
F - Federer (23-14), Zverev (3-0) ou Raonic (7-2)

Roger Federer

R1 - Bye
R2 - Khachanov (1-0) ou Schwartzman (3-0)
R3 - Sock (3-0), Sugita (1-0), Edmund (0-0) ou Sousa (1-0)
QF - Del Potro (16-5), Berdych (19-6), Dimitrov (6-0) ou Lopez (12-0)
SF - Raonic (10-3), Zverev (2-2), Isner (5-2) ou Monfils (9-4)
F - Nadal (14-23), Thiem (1-2), Querrey (3-0) ou Tsonga (11-6)

Número um pela primeira vez justamente em Cincinnati, 2008Rafael Nadal tem tudo a seu favor para conseguir a façanha novamente. Para Federer, vencedor de incríveis 19 Grand Slams, a missão é mais complicada, mas não impossível. 

A cobertura do Masters 1000 de Cincinnati você acompanha na VAVEL Brasil.