Sexta-feira, 16 de Fevereiro de 2018. Existe um velho leão retomando seu lugar de origem. Se a história, mais do que suficiente para provar seus fatos não pode ser suficiente para uns, a atualidade arrebata e mostra que ninguém é tão grande quando o suíço de 36 anos que retoma a liderança do ranking mundial do tênis.

Fala sério, todos erramos. Ou quase isso. O número um mais velho do mundo teve 33 anos e não se manteve por muito tempo. Alguém, no futuro, conseguiu com 36 anos dominar o circuito, vencer três dos últimos cinco Grand Slams e retomar a condição. É lenda.

Porque duvidamos dele? Tínhamos razões. Ninguém nunca fez isso. Tenistas jogam em alto nível no máximo até 32 ou 33 anos. É surreal. Federer jogou em 2013 e 2014 o que pensamos que seria o seu fim, chegando até a estar em 17° do mundo.

Roger Federer hoje, quatro anos depois, ao avançar para a semifinal do ATP 500 de Rotterdam, alcança e ultrapassa Rafael Nadal, seu algoz, carrasco e grande amigo que nos últimos confrontos tem visto quem realmente é o melhor da atualidade.

O primeiro homem a conquistar 20 títulos de Major é também o primeiro homem com mais de 34 anos de idade a ser líder do ranking. É também o homem com mais finais de Grand Slams e Masters 1000. E campeão da Copa Davis com uma nação de apenas sete milhões de habitantes.

O homem que se reinventou para encurtar os pontos e aguentar mais partidas. O único que bate na bola com o ritmo de um balé clássico. Que soube mudar tudo o que fazia para conseguir seguir competindo em alto nível, e que só consegue fazer isso por ser ele mesmo, o tenista de mais alto nível técnico de todos os tempos.

A nós, mortais, resta aplaudir. Vida longa ao rei, número um do mundo.