"A lenda do tênis brasileiro", assim ficou conhecido por muitos o tenista mineiro André Sá. Último remanescente da "Era Guga", o natural de Belo Horizonte foi o principal responsável pela transição para a nova geração de tenistas brasileiros. 

Nesta semana, aos 40 anos, o mineiro resolveu encerrar a sua carreira como jogador, deixando um grande legado para o esporte do país. No currículo, André acumula grandes resultados: foi semifinalista de Wimbledon com Marcelo Melo e número 17 do mundo. Nas simples, fez a melhor campanha de um brasileiro em anos na grama do The All England Tennis Club, ao chegar às quartas de final em 2002.

Sá e Melo em Wimbledon 2007 (Foto: Getty Images)
Sá e Melo em Wimbledon 2007 (Foto: Getty Images)

Sá foi semifinalista de Wimbledon com Marcelo Melo e número 17 do mundo.

"Foi bem difícil essa decisão, levou alguns meses, somente depois do US Open que realmente comecei a pensar em parar. Sentia que era a hora certa de parar" admitiu Sá.

Mais do que um grande tenista, o mineiro mostrou ser um grande ser humano. Sempre simpático, atencioso com os fãs e companheiros de profissão, o brasileiro terminou sua carreira respeitado por todos. Em sua despedida, grandes nomes do circuito, como o alemão Tommy Haas, fizeram questão de mandar mensagens pessoais.

A última partida de André foi nesta quarta-feira (28), quando, jogando ao lado do compatriota Thomaz Bellucci, foi derrotado nas quartas de final do Brasil Open pelos argentinos Maximo Gonzalez e Federico Delbonis por dois sets a zero, com parciais de 7/6 e 7/5, depois de uma hora e 43 minutos em quadra.

+ Ao lado de Bellucci, André Sá perde para argentinos e se despede das quadras no Brasil Open

Adversários posam para fotos com máscaras de homenagem (Foto: Marcello Zambrana DGW Comunicação)
Adversários posam para fotos com máscaras de homenagem (Foto: Marcello Zambrana DGW Comunicação)

"São lágrimas de alegria, de missão cumprida" 

"Tinha mil coisas passando pela minha cabeça. Tentava pensar nos momentos especiais que passei no tênis. Estou agradecido pelos 21 anos da minha carreira. O esporte de alto rendimento é difícil. Mas é só felicidade. Fizeram com que eu chorasse de novo hoje, mas são lágrimas de alegria, de missão cumprida" afirmou, depois da derrota.

Apesar da aposentadoria, o legado de André continua: será treinador do brasileiro Thomaz Bellucci - número três do Brasil. Como amantes de tênis, só nos resta agradecer à "lenda do tênis brasileiro" por toda essa vida de dedicação ao esporte.

Sá chora em discurso de despedida (Foto: Marcello Zambrana/DGW Comunicação)
Sá chora em discurso de despedida (Foto: Marcello Zambrana/DGW Comunicação)

Muito obrigado, André! E boa sorte em sua nova jornada!