Em seu piso favorito, a grama, a #17 Ashleigh Barty, cabeça de chave número um do torneio, venceu um jogo muito duro contra a local #22 Johanna Konta, cabeça de chave número quatro, por dois sets a um, parciais de 6/3, 3/6 e 6/4. Com muitas complicações por parte da arbitragem no terceiro set, devido a não-utilização do challenger no torneio. A australiana mostrou que não tinha que ver com isso faturando, no Nature Valley Open, em Nottingham, seu segundo título da carreira.

Cabeça de chave número um do torneio, Barty logo começou jogando de maneira agressiva e logo encaminhou uma liderança de 5/2 na partida de maneira enfática ganhando o primeiro set em 6/3 em menos de 20 minutos.

Konta, que parecia sofrer com a falta de ritmo após uma longa ausência no circuito da WTA e cansada de uma maratona no jogo anterior contra a croata Donna Vekic, recuperou-se na partida e partiu para cima de Barty com seus golpes potentes e precisos, 'montando' na bola e complicando o saque da rival, com uma forte devolução.

A australiana de 22 anos não contava muito com a rapidez da resposta da adversária no jogo, visto que sua performance estava sendo oscilante. Precisando de alguns games para entrar em ritmo para equilibrar de vez a partida, Konta resolveu tudo com uma quebra no 4/3, fazendo 5/3 e na sequência fechando o segundo set em uma hora.

Cedendo a segunda parcial, Barty voltou mais decida e menos assustada com a reação de Konta, facilitando tudo logo de cara com uma quebra e liderança por 4/1. Porém, numa remontada fantástica depois de engatar uma quarta e ganhar três games seguidos de maneira rápida e eficiente, JoKo, empatou em 4/4 pulverizando a vantagem de 4/1 da rival. Mais relaxada e com mais experiência, a britânica se soltou, equilibrou e endureceu um pouco a parcial decisiva.

Porém o nono game foi o mais polêmico do jogo. Sem a utilização do challenger e com uma dupla falta importantíssima de Barty ignorada pela árbitra de cadeira, Konta se revoltou com a marcação e deixou a jovem australiana fechar o seu game de saque em 5/4. No game seguinte, mais confusão. Com 15-30 no seu saque, após uma longa troca de bola e uma bola nitidamente fora, a britânica parou e, novamente, reclamou da chamada com a arbitragem. Impassível e convencida da sua marcação de novo, uma discussão entre a árbitra brasileira, Paula Vieira Souza, e a britânica começou.

 Konta se perdeu de vez a paciência, os pontos e o título na sequência por 6/4 após 2h10 de embate, dando assim o segundo título da carreira para Barty. No final, visivelmente abalada e inconformada com a péssima arbitragem da juíza brasileira, a britânica não cumprimentou Paulo Souza.

Konta discutiu com umpire Paula Vieira Souza durante a final em Nottingham (Foto:
Konta discutiu com umpire Paula Vieira Souza durante a final em Nottingham (Foto: Mike Egerton - PA Images via Getty Images)

Esse é o segundo troféu de simples de Ashleigh Barty no circuito da WTA, que ganhou o seu primeiro no Malaysian Open em março de 2017, vencendo a japonesa Nao Hibino por 6/3 e 6/2 na quadra rápida.