Jelena Ostapenko, após perder sua semifinal contra Angelique Kerber, se mostrou muito emocionada e feliz por estar reencontrando sua melhor performance no circuito feminino. Após fazer um primeiro set duro e competitivo, a letã se deixou levar pela emoção e perdeu o foco e o embate em Wimbledon por 6/3 e 6/3 contra a número dez do mundo.

Entretanto, em coletiva de imprensa, ela afirmou que, em momento algum estava tranquila na quadra central de Wimbledon, em Londres. Pelo contrário: afirmou que, apesar de estar jogando o seu melhor tênis no torneio, sentiu-se sempre muito pressionada pelo alemã, que não desistiu da partida em momento algum.

"Ela [Angie Kerber] elevou seu nível no jogo quando pode, e não me deu muito tempo para pensar em ser mais agressiva. Fui obrigada a ser mais intensa e competir no com o meu melhor jogo, sempre sendo exigida, mas, por azar, minha maior vontade não prevaleceu hoje na partida", admitiu a letã quando perguntada sobre sua intensidade e agressividade no jogo.

Quando questionada sobre como se sentia acerca do fato de ter sido acuada o tempo todo pela maior regularidade e consistência de Kerber numa semifinal tão importante como aquela, Ostapenko encarou o fato de maneira positiva e com pouca preocupação, evidenciando sua melhora de performance em Londres.

"Obviamente, ser acuada numa semifinal de Wimbledon é muito decepcionante. Poucos chegam a este tipo de partida e querem se entregar ou perder o foco deixando um sonho ir embora. Então, o fato de eu ter sido dispersa e lenta em diagnosticar sua tática na partida, não me ajudou a vencer o problema e voltar pra ganhar e chegar a final, me deixa muito pensativa. Fiquei com receio mas não preocupada que isso pudesse afetar o decorrer do jogo. Mas segue em frente", afirmou em análise madura da sua performance de hoje.

Ostapenko, em sua última pergunta, ressaltou de novo a importância de todos que a circundam esses anos todos de sua formação e que a ajudam na sua evolução como tenista, como sua mãe entre tantos outros que fazem dela uma jovem de destaque no circuito da WTA.

"Para vencer, estou aprendendo o que devo fazer para estar no meu melhor sempre. Minha mãe, meu pai (ex-jogador da seleção letã de futebol), sempre enfatizaram isso para mim. Agora nessa nova etapa da minha carreira, com David (Taylor, técnico), o foco é evoluir o meu jogo em todos os fundamentos possíveis e sempre mapear minhas fraquezas para poder progredir. Essa é a prioridade agora. É ótimo que eu seja número 12, 10, 6, mas o mais importante agora é refletir, descansar e fazer meu jogo evoluir para ter uma temporada na quadra rápida do que tive em 2017", declarou a vencedora de Roland Garros 2017.