Kevin Anderson, após perder sua final de Wimbledon contra o sérvio Novak Djokovic se mostrou muito realizado por estar reencontrando suas melhores atuações no circuito da ATP. Após perder um primeiro set tranquilo de 6/2 para Djoko, o sul-africano lutou e tentou até endurecer nos dois sets seguintes mas deixou o sérvio dominar e levar o encontro por 6/2 e 7/6(3), após 2h18 de embate sob o sol londrino de 30 graus.

Entretanto, na coletiva de imprensa, Anderson afirmou que, em momento algum estava tranquilo com as devoluções de Djoko na quadra central de Wimbledon, em Londres. Pelo contrário: afirmou que, apesar de estar jogando o seu melhor tênis nesse ano, sentiu-se sempre muito pressionado pelo sérvio, que brilhava na partida com seus golpes precisos.

"Ele [Novak Djokovic] elevou seu nível de jogo quando pode, e não me deixou respirar e nem pensar para ser mais agressiva. Fui obrigado a ser mais intenso e competir com garra e com o meu melhor jogo, sempre sendo exigido, mas, por azar, meu lado mais lutador não prevaleceu hoje na partida", admitiu Anderson quando perguntado sobre sua intensidade e agressividade no jogo.

Quando questionado sobre como se sentia sobre o fato de ter sido acuado o tempo todo pela maior regularidade e consistência de Djokovic numa final tão importante e histórica para ele como essa, Anderson encarou o fato de maneira positiva e com muita lucidez, evidenciando a superioridade do sérvio durante o transcorrer da partida em Londres.

"Obviamente, jogar na defensiva numa final de WImbledon é muito frustrante. Poucos jogadores chegam a este tipo de partida e querem entregar ou perder o foco deixando um sonho ir embora. Então, o fato de eu ter ficado perdido e vendido na hora de ler melhor as jogadas na partida, não me ajudou a vencer e tentar estar na frente no jogo e isso na hora, me deixou muito pensativo. Fiquei com receio e me deixou preocupado afetando o meu mental no jogo. Mas é a vida, né?", afirmou em análise concisa sobre a sua performance de hoje.

Anderson, em sua última pergunta, ressaltou de novo a importância de quem o cerca esses anos todos de sua evolução e que a ajudam na sua progressão como tenista nos últimos anos, como seu treinador, sua esposa, entre tantos outros que fazem dele ainda um veterano de destaque no circuito da ATP.

"Para vencer, estou vendo o que posso fazer para estar no meu melhor sempre. Minha mulher (Kelsey), meu coach (Brad Stine), sempre reforçam isso para mim. Agora nessa minha última fase da minha carreira, com Brad (Stine), o foco é fazer evoluir o meu jogo em todos os fundamentos possíveis e sempre mapear meus erros para poder ser mais perigoso e letal na hora de definir jogos. Essa é a prioridade agora. É ótimo que eu seja número 12, 10, 7, mas o mais importante agora é refletir, descansar e fazer meu jogo saltar mais um degrau para ter uma temporada melhor ainda na quadra rápida do que tive em 2017", declarou o finalista do US Open do ano passado.