Agora é oficial: a Copa Davis terá novo formato a partir de 2019. Nesta quinta-feira (16), em votação realizada em Orlando, nos Estados Unidos, o modelo da competição - que será uma espécie de 'Copa do Mundo do Tênis', para atletas homens -, foi anunciado pela Federação de Tênis Internacional (ITF). Participaram da reunião as federações dos países, que aprovaram o projeto com 71% dos votos. O torneio será disputado em local neutro, durante uma semana, em novembro, e terá 18 países lutando pelo troféu. 

O motivo principal para a transformação da competição foi a ausência dos tenistas tops nos últimos confrontos. Muitas das vezes, os jogadores optam por não jogar a Davis devido ao desgaste que o calendário gera. O Brasil votou a favor do novo modelo, assim como toda a América do Sul. Porém, houve uma resistência por parte de países tradicionais, como Austrália e Grã-Bretanha, que prezavam pela presença das torcidas locais e pela atmosfera específica do formato anterior. Vale ressaltar que o dinheiro investido será redirecionado para o desenvolvimento do tênis em mais de 200 países no mundo, uma grande iniciativa. 

A empresa que está por trás disso tudo é a Kosmos, fundada e presidida pelo zagueiro do Barcelona e da Seleção da Espanha, Gerard Piqué. Com a aprovação da ideia, serão investidos US$ 3 bilhões (R$ 11,7 bilhões) por 25 anos no esporte. Desde o início do ano passado, quando começaram as negociações com a ITF, Piqué mostrou-se motivado e confiante no acerto. 

"Kosmos está animado para se juntar nessa parceria com a ITF. Juntos, nós podemos elevar a Copa Davis a novas alturas e colocá-la numa imperdível Copa de Mundo do Tênis, apresentando as melhores nações e jogadores".

Saiba como funciona a nova Copa Davis

Serão 18 países na disputa: 12 vagas através da repescagem, quatro para os semifinalistas da edição anterior e dois convidados da ITF. 

Na fase inicial, serão seis grupos com três países. O ganhador de cada grupo se classifica e os dois melhores segundos colocados também avançam para as quartas de final, onde começará a fase mata-mata. 

Os confrontos terão dois jogos de simples e um de duplas. Todos em melhor de três sets, diferentemente do padrão atual. 

As nações que terminarem a competição em 17º e 18º lugares, respectivamente, serão rebaixadas e não poderão disputar a repescagem no ano seguinte. 

A repescagem funciona da seguinte forma: Os 12 países que ficaram entre 5º e 16º no ano anterior enfrentam, em fevereiro, 12 países que venceram Zonais na Europa/África (6), Américas (3) e Ásia/Oceania (3). O vencedor de cada confronto se classifica para disputar a Copa Davis, em novembro.