Petra Kvitova, atualmente ocupando o oitavo lugar no ranking WTA, mas na luta para alcançar o topo pela primeira vez, foi para coletiva de imprensa com seu bom humor de sempre. Kvitova se garantiu na decisão do Australian Open pela primeira vez na carreira, após eliminar a #35 Danielle Collins nesta quinta-feira (24).

Uma das primeiras perguntas foi sobre o fechamento do teto no meio da partida. “Eu havia perguntado sobre isso, então já estava ciente de que poderia acontecer. Eu acho ótimo que ter a opção de fechou não o telhado. É bom jogar em um lugar que tenha [o teto]".

Kvitova acaba com empolgação de Collins e vai pela primeira vez à final em Melbourne

Petra falou sobre o tempo em que passou sem fazer grandes campanhas em torneios de Grand Slam, sobre os títulos em Wimbledon e sobre não ter feito nada em especial para estar melhor fisicamente, embora o fato de estar com o físico ajustado a ajude muito no quesito mental. Grande parte da conferência foi voltada ao incidente que aconteceu em dezembro de 2016. 

“Quando voltei, pensei que a mão seria o meu maior problema, mas não. A pior parte era o meu psicológico. Lá no fundo eu não acreditava e a gente precisou trabalhar em cima disso. Eu demorei muito tempo agora conseguir ficar sozinha sem me sentir entranha. Quando fiquei sozinha pela primeira vez no vestiário, falei para a minha equipe 'Ei! Eu fiquei sozinha'. Eu acho que ser esportista foi o que ajudou. Eu queria voltar. Comecei a treinar duas ou três vezes por dia, o que é mais do que o normal para um atleta, mas eu sabia que precisava da mão então não havia muita escolha. Meu médico, claro, não ficou feliz nos primeiros dois meses porque as cicatrizes ainda eram profundas, mas agente conseguiu fazer dar certo”, desabafou a tcheca. 

"Não sei se me sinto mais madura. Se estiver, é por conta do processo da vida e todos passamos por isso".

Kvtiova falou que ter vencido oito das últimas oito finais que disputou é ótimo e a ajuda muito mentalmente, embora cada final seja diferente, especialmente em Slam. 

Finalizando a conferência, foi perguntada sobre os grandes nomes que saem da República Tcheca, seu país de origem e, com extremo bom humor, respondeu: “Deve ser algo na água. Ou no ar. (...) É ótimo ver grandes nomes vindos de lá, é até um pouco motivacional".

Petra Kvitova enfrenta na final do Aberto da Austrália a japonesa #4 Naomi Osaka, que venceu a tcheca #7 Karolina Pliskova em partida de três sets. Kvitova e Osaka, disputam além do título inédito do major australiano, o topo do ranking WTA. Dois feitos inéditos na carreira de ambas as tenistas, que vão se enfrentar pela primeira vez.