O sonho da #35 Danielle Collins chegou ao fim nesta quinta-feira (23). Após eliminar três cabeças de chave, a estadunidense caiu nas semifinais do Australian Open para a #6 Petra Kvitovaperdendo por 2 sets a 0, com parciais de 7/6(2) e 6/0.

A norte-americana pareceu feliz e realizada com o seu caminho no torneio, já que foi a primeira vez na carreira que passou de uma primeira rodada em Slams. ‘‘Acho que ninguém apostaria em mim para chegar tão longe. Fui sem dúvida uma ‘azarona’. Lutei bastante. Gostaria que hoje tivesse sido diferente, mas tenho que ficar orgulhosa e aprendi muito também”, disse em entrevista coletiva logo após a partida contra a tcheca.

Mais uma vez, o teto da Rod Laver Arena teve seu protagonismo no jogo. Por conta do calor, ele teve que ser fechado e Collins saiu de uma batalha no tiebreak no primeiro set, para levar um pneu no segundo. “Eu, sem dúvida, gosto do calor. Estou acostumada. E o jogo ‘indoor’ é completamente diferente, mas é o que eles tinham que fazer. O mérito vai todo para Petra (Kvitova) que jogou muito hoje”.

Perguntada sobre como este torneio vai ficar marcado em sua carreira, a norte-americana diz que realmente deve ser um divisor de águas.

Acho que agora eu mostrei que vim para ficar. Já havia mostrado em outros torneios, mas talvez as pessoas achassem que era passageiro. Estou empolgada pelo o que vem pela frente. Espero continuar apenas crescendo, e jogando os melhores campeonatos do mundo”. “Eu vi que consigo lidar bem com as situações adversas, quando não estou jogando o meu melhor por exemplo. Percebi também que experiência vale muito. Ela (Kvitova) é uma campeã. Jogou como uma hoje. E era minha primeira semi de Slam. Eu poderia escrever um livro com todas as lições que tive”, completou.

Collins comentou também sobre a premiação que recebeu da faculdade de Oracle em 2017 e se ela acha que chegaria onde chegou sem aquele incentivo. “É difícil dizer porque é hipotético, mas sem dúvida foi ótimo. Ter aquele dinheiro me ajudou porque é algo que não se tem muito no início, jogando campeonatos menores, e mesmo assim, tendo que pagar equipe técnica e outras coisas. Além disso, a divulgação fez com que o tênis de faculdade fosse mais conhecido”, disse.

A tenista ainda agradeceu muito a sua família e equipe pelo apoio. "Sou rodeada de grandes pessoas", acrescentou. Com a campanha no Aberto da Austrália, ela deve subir para a 23ª posição do ranking da WTA, a melhor da carreira.