Neste sábado (23), Thomaz Bellucci e Rogério Dutra Silva disputarão a decisão de duplas do Rio Open. Os paulistas enfrentam o argentino Máximo Gonzalez e o chileno Nicolás Jarry no último jogo da Quadra Guga Kuerten. Apesar da felicidade e da animação com o bom desempenho nessa semana no Rio de Janeiro, os tenistas mostraram que também existem motivos para estarem chateados.

A partir de segunda-feira (25), o Brasil Open, em São Paulo, começará. Inscritos para o qualifying de simples - que se inicia neste sábado -, Bellucci e Rogerinho não conseguiram participar, já que a data coincide com a final de duplas na Cidade Maravilhosa. 

A única forma de conseguir disputar o torneio seria através de um convite da organização. O problema, é que a mesma já concedeu os três wildcards disponíveis, mas nenhum para um tenista paulista, motivo de chateação e críticas da dupla brasileira. Thiago Wild, Thiago Monteiro e Pablo Cuevas, uruguaio tricampeão da competição, foram os contemplados. 

O caso de Cuevas foi o mais comentado, pois o atleta teria ranking para disputar o Brasil Open, mas perdeu a data de inscrição. De acordo com os brasileiros, a reprovação é para com a organização, não com o uruguaio, que tem ótimo relacionamento com os dois 'brazucas'. 

"Parece um pouco de chacota. Muita gente fala que o tênis brasileiro não vive o momento que a gente gostava. Tivemos um número 1 do mundo em simples e dupla. Mas... e o apoio? Nesses momentos que a gente precisa daquele empurrãozinho e aquela ajuda. O povo gosta de criticar bastante... Mas, e o apoio? Eu estou com 35 anos e não tenho nenhum apoio, nenhum patrocinador. É para o pessoal valorizar o que a gente faz no dia a dia. A gente fica muito chateado. Era o momento que era de ajudar o tênis brasileiro. Poderia ser eu. Poderia ser o Thomaz. O cara além de não ser brasileiro, ainda perdeu a inscrição", disse Rogerinho.

"Nossa prioridade foi avançar aqui no torneio de duplas, a gente fica triste por não jogar em casa, mas feliz por estar na final do Rio OpenÉ ruim não ter jogador de casa na chave principal. Ter um jogador estrangeiro é até estranho. Mas essa decisão não é nossa infelizmente. Eu e Rogério de São Paulo, estamos no Rio, e não vamos jogar um torneio em casa. Chega até a soar estranho. Falamos para os outros jogadores e ninguém acredita. Mas é olhar para frente, estamos fazendo uma bela semana nas duplas", completou Bellucci. 

Por fim, os finalistas do Rio Open falaram sobre a formação da dupla, que entrou na chave principal do torneio através de um wildcard, eliminou os favoritos Soares/Melo e ainda pode trazer o título do torneio para o Brasil pela primeira vez em seis edições.

"Foi meio de última hora, eu não sabia e não sei se o Thomaz sabia (risos), na verdade não sabia nem que iria jogar dupla. Em cima da hora o Lui (diretor do torneio) disse que eu tinha o convite de duplas e jogaria com o Thomaz, e eu falei 'sem problemas, vambora'. Legal que está dando certo, estamos na final".  

VAVEL Logo
Sobre o autor