O brasileiro Fernando Romboli, número 93 do ranking de duplas, não irá disputar os primeiros torneios da ATP Challenger Tour que vão acontecer nos dias 17 (Praga e Todi), 24 (Praga e Trieste) e 31 de agosto (Ostrava e Cordenois). Os locais estão alternados entre a Tchéquia e Itália, respectivamente.

A decisão do atleta se deve pela dificuldade de ingressar em torneios na Europa, uma vez que possuem poucos torneios para uma grande quantidade de tenistas.

“Eu estou optando em ficar no Brasil, esperar e ver se abrem mais torneios. O que vai definir esse ano é se houver a possibilidade de torneios fora da Europa, pois assim, aumenta a quantidade e melhora a distribuição”.

“Como o US Open teve a chave diminuída, só os jogadores Top 50 de dupla vão conseguir jogar. Então, os duplistas Top 60, 65 do mundo vão estar na Europa, porque Roland Garros vai ter a chave de tamanho normal, então eles vão se preparar no saibro. Vamos ter poucos torneios nessas quatro semanas antes de Roland Garros para se preparar, e esses torneios vão estar muito duros, nível ATP. A quantidade de jogadores é a mesma, mas a oportunidade de jogar é muito menor. Eu sendo 90, 95, devo ficar de fora de alguns.

Outro empecilho para Fernando é a questão das viagens. Mesmo possuindo cidadania italiana, o atleta teria que passar 14 dias de quarentena em solo europeu, sem poder treinar, para depois estar liberado a competir nos torneios.

“Também tem a parte de viagem. Como eu estou no Brasil, um país considerado de risco pela União Europeia, eu teria que fazer uma quarentena de 14 dias quando chegasse lá. Teria que ficar 14 dias sem treinar e sem poder fazer nada. Ainda são muita incógnitas pra poder definir de fato e ir viajar. A minha decisão vem em conjunto de todos esses fatos. Essa decisão não é fácil, mas no momento é a mais acertada para a minha carreira”.

O carioca está se preparando diariamente no Centro de Treinamento Tennis Route, no Rio de Janeiro.