Vivendo duas semanas incríveis, a argentina #131 Nadia Podoroska escreve história em Paris e está nas semifinais de Roland Garros. Nesta terça-feira (6), ela desbancou a #5 Elina Svitolina com vitória por dois sets a zero, parciais de 6/2 e 6/4, em 1h20, e se tornou a primeira mulher qualifier da história a ir tão longe no Aberto da França. Esta foi a primeira vez na carreira que a argentina enfrentou uma tenista do top 20 da WTA.
Svitolina largou com uma quebra de saque, mas, no geral, ela teve muitas dificuldades para controlar a potência de Podoroska, principalmente no primeiro set. Apesar do placar dilatado, porém, os games foram apertados. A argentina foi quebrada duas vezes em quatro games de serviço, e só não enfrentou break points em um deles.
Com 17 a dois em winners no set, porém, Podoroska conseguiu cinco games consecutivos. Sacando para o set, ela foi quebrada, mas Svitolina não conseguiu segurar seu serviço e perdeu de 0-40, cedendo a primeira parcial em 6/2, em 35 minutos.
A segunda parcial teve Podoroska mais errática e Svitolina conseguindo equilibrar com precisão nos ralis. O problema, porém, foi que a ucraniana não conseguiu segurar o saque. A partir do terceiro game, foram seis quebras seguidas, sempre com a cabeça de chave três sacando depois. Ela não teve sequer um game point no seu saque a não ser no segundo game, quando confirmou de 40-0.
Quem encerrou a sequência de quebras foi Podoroska no nono game, forçando Svitolina a sacar para se manter no jogo. A tendência no serviço da ucraniana, porém, se manteve. Ela chegou a salvar dois match points - um com um saque em cima da linha e outro em um rali muito emocionantes -, mas a argentina manteve a compostura e, no terceiro, completou a grande surpresa: 6/4, em 45 minutos.
Cinderella, it’s not midnight yet 🇦🇷@nadiapodoroska becomes the first women’s qualifier to reach the semi-finals in Paris upsetting Svitolina 6-2 6-4.#RolandGarros pic.twitter.com/0T9Fxfg4S8
— Roland-Garros (@rolandgarros) October 6, 2020
Podoroska somou 30 winners e 30 erros não-forçados, contra oito e 22 de Svitolina, que era a melhor ranqueada entre as tenistas vivas no torneio. A ucraniana só venceu 33% dos pontos com o primeiro serviço e 40% no segundo, enquanto a argentina teve 49% e 55%, respectivamente.
Com a campanha incrível em Paris, Podoroska, que nunca havia entrado sequer no top 100, já garante um lugar entre as 50 melhores tenistas do mundo - é a #48 no live ranking. Este é apenas a segunda chave principal de Slam na carreira da argentina de 23 anos - ela caiu na primeira rodada do US Open 2016. Além disso, este é apenas o terceiro torneio WTA que ela joga no ano - foi eliminada na primeira rodada em Palermo e Monterrey (onde Svitolina foi campeã).
Em busca da grande decisão, ela encara a vencedora do confronto entre outras duas surpresas: a #53 Iga Swiatek, 19 anos, e a #159 Martina Trevisan, que também veio do qualifying.