O jovem austríaco Dominic Thiem, de apenas 22 anos, vem a cada vez mais ganhando espaço no circuito mundial e impressionando os fãs de tênis com seu jogo moderno e agressivo, além de conquistar os admiradores do jogo clássico, onde os atletas batiam a esquerda com uma das mãos.

Thiem começou a ganhar destaque em 2014 no ATP 500 de Rotterdam, quando passou pelo quali, ganhou uma rodada e fez um jogo duríssimo contra Andy Murray, perdendo apenas no terceiro set. O austríaco era apenas o número 113 do mundo na época.

Sua ascensão, porém, vem desde a época de juvenil. Muito talentoso, ele impressionava por suas conquistas na categoria; apesar de jogar poucos torneios, sempre ia às rodadas finais. Venceu o tradicional Eddie Herr por duas vezes, ganhou o Orange Bowl, torneio considerado o mais importante do mundo nos juniores após os Grand Slams e foi finalista de Roland Garros. Todos os feitos lhe renderam a posição de número 2 na categoria.

Em 2012 dedicou-se integralmente à carreira profissional e colheu os frutos de bom trabalho: venceu um Future no primeiro semestre e se arriscou em alguns Challengers. Após alcançar as quartas de um torneio deste nível, Thiem ganhou convite para o ATP 250 de Vienna, onde conseguiu sua primeira vitória em torneios da categoria contra o eslovaco Lukas Lacko. Embalado, finalizou o ano conquistando mais dois Futures e terminou a temporada como número 309 do mundo.

No ano seguinte vieram grandes resultados, com bom ritmo nos torneios menores, mesclou a temporada com Challengers e venceu seu primeiro torneio da categoria em Setembro no Marrocos, após já ter chegado a uma final na Itália. A série de vitórias lhe rendeu bom salto no ranking e, nessa época, já era 166. Em Outubro veio uma surpresa: após ganhar convite para a chave do ATP de Vienna, passou duas rodadas e por pouco não venceu o francês Jo Wilfried Tsonga, perdendo apenas no tie break do terceiro set.

Empolgado com a campanha, Thiem venceu mais um Challenger para finalizar o ano, também no Marrocos, assim como seu primeiro.

O ano de ascensão foi 2014, disputou pela primeira vez a chave principal de um Grand Slam no Australian Open, após passar o quali e vencer a primeira rodada. Em seguida, o torneio de Rotterdam, onde fez jogo duro contra o britânico Andy Murray o colocou entre as grandes promessas do circuito. Logo após os feitos, passou o qualificatório dos Masters 1000 de Indian Wells e Miami, sempre ganhando a rodada de estreia na chave principal. Nessa época, ele passou a ser 79 do mundo.

A primeira grande vitória de sua carreira aconteceu no Masters 1000 de Madri, quando bateu o campeão do Australian Open naquele ano Stan Wawrinka. Ainda em 2014, no ATP de Kitzbuhel, veio sua primeira final na categoria; jogando em casa ele perdeu a decisão para o belga David Goffin. Mostrando bom volume de jogo, ainda fez oitavas de final no Us Open; o austríaco havia começado o ano como 137 do mundo e terminou em 39, tendo atingido ao longo da temporada a posição de número 36.

2015 foi um ano de muitas conquistas e bons resultados: quartas de final no Masters 1000 de Miami e o título em três ATP's 250 (Nice, Umag e Gstaad). Thiem fechou a temporada como 20 do ranking, tendo atingido a 18ª colocação. 

Nesse ano o jovem austríaco chega chamando atenção em Roland Garros. Vem fazendo uma temporada excelente, venceu o ATP de Buenos Aires, com direito a vitória em cima de Rafael Nadal e também ganhou seu primeiro ATP 500 em Acapulco, além de um vice campeonato em Munique. No Masters 1000 de Roma fez quartas, perdendo para Kei Nishikori após bater Roger Federer nas oitavas.

Thiem é o número 6 da temporada e 15 no geral. Chega com confiança e disposto a atrapalhar a vida dos favoritos no torneio. Caso tenha chave favorável, não será surpresa alguma vê-lo nas quartas ou semi do Major francês.